segunda-feira, fevereiro 22, 2016

Federalismo Europeu

Manuel Villaverde Cabral assume-se como federalista neste texto no Observador .

Diz ele que "Todos sabemos que existe entre as elites portuguesas uma tendência soberanista que se confunde frequentemente com um apreço especial pela democracia inglesa e com a soberba que costuma acompanhá-la."

Curiosamente é exactamente o oposto. As nossas elites sempre quiseram borlas, não interessa de onde e a UE é a borla desde 86, noutros tempos foi Castela. Daí que o processo de integração europeia de Portugal sempre foi à margem dos portugueses e muitas vezes contra os interesses do país.

Mas isso não interessa a estes federalistas, o que importa é mesmo quem paga a próxima prestação.

O federalismo europeu lembra-me o comunismo... uma utopia, neste caso das elites, até porque é uma negação da realidade histórica.
Provavelmente esta elite será a mesma que acolheu Napoleão no seu regaço, se calhar até via o projeto hitleriano com bons olhos e/ou sonhou a expansão soviética europa dentro. Agora aí estão reconvertidos.
Ser federalista europeu num país com quase mil anos de história não me causa revolta, apenas me é digno de dó...

Duplicidades

Ontem irritei-me solenemente com o Rui Santos. Se há algo que me chateia é a criação de narrativas e em Portugal temos tradição disso. E sobretudo com duplicidade de critérios. 

Ontem no Playoff da SIC Noticias Rui Santos foi tendencioso de uma maneira estranha. Ou não, percebendo o entusiasmo com que tem falado do Sporting de Jesus e acabou por contribuir activamente para a construção da narrativa que o SL Benfica domina a arbitragem. Se o fez consciente ou não, quero acreditar que não.

Ora os factos desmentem essa pretensão, basta recordar a placagem de Naldo em Arouca que daria potencialmente 1-0 contra o Sporting aos 80 minutos não assinalado pelo agora proscrito Cosme Machado, ou esse tão propalado, inclusive pelo dito comentador, como o melhor árbitro português Jorge Sousa, que não viu um penálti clarissimo que provocou a fratura do braço de Luisão que o impede de competir até hoje num jogo contra o Sporting, ou dois penáltis por marcar contra o FC Porto na Madeira em dias diferentes e que até de Portugal Continental se viu que eram falta.

Mas isso é tudo normal...

Como é normal para Rui Santos, passageiro e perfeitamente banal, que ontem com o FC Porto tenha sido beneficiado por um penálti inventado (acho que pelo fiscal de linha, o que ainda é mais grave porque é quem tinha a melhor visão) em cima do intervalo quando PERDIA por 2-0.

Isto para Rui Santos foi comentado debaixo da mesa e com uma esponja suave... Porque o que interessou ao comentador Rui Santos foi o crime lesa-futebol de um penálti marcado na mata real. Culminou num ataque sem tino ao Benfica, ao conselho de Arbitragem e à própria idoneidade do juiz.

De recordar que o lance, não sendo na minha opinião penálti, não é uma simulação clara do avançado, porque de facto existe uma entrada imprudente dos jogadores do Paços de Ferreira e um toque no pé de Jonas, que acredito ter enganado o árbitro. E o jogo estava EMPATADO. Jonas "cavou" o penálti é certo, mas para Rui Santos, é um lance que gera dúvidas, a demonstrar o domínio encarnado das arbitragens.

Lá saberá as razões deste ataque sem nexo e desproporcionado a um lance do jogo do SL Benfica, e uma atitude diametralmente oposta no comentário ao lance do FC Porto.

Lá está, a narrativa...

E o comentador quer também imitar o árbitro e por oposição inventar um penálti na área do Benfica, talvez porque em Portugal o futebol mais se podia chamar futebasquete, porque por aqui o futebol só existe sem contacto e qualquer toque é faltoso (excepto o sofrido pelo Jonas aparentemente).

Clarificar...

Vamos lá pôr os pontos nos i!!!
O Orçamento é feito por um um governo de esquerda logo é BOM, se fosse elaborado por governo de direita seria sempre MAU... evidente!
O que lá vem escrito é completamente irrelevante. Mesmo que contrarie todos os princípios e valores que supostamente a esquerda defende.

domingo, fevereiro 14, 2016

Pesos e Medidas

Chamou-me a atenção de um comentário no Observador de um José Maria :


Ora, nem mais. Depois de a gerigonça de direita ter praticado uma política completamente estúpida e cretina, de hiper-austeridade, que, não só não resolveu os problemas de Portugal, mas os agravou, em termos de subida exponencial da dívida pública, défice, desemprego, pobreza, emigração, casos BES e BANIF, marteladas da Parvalorem, aldrabice na devolução de 35% de sobretaxa de IRS, 13,6 mil milhões de euros em novas PPP, 360 milhões de euros gastos na renovação da frota automóvel, mais 90 milhões despejados no Efisa do amigo relvista, mais os escandalosos aumentos de 150% de aumentos para gestores públicos, mais as trapalhadas da Tecnoforma, sob investigação do Ministério Público, mais os casos policiais de Oliveira e Costa, Miguel Macedo, Isaltino de Morais, mais as suspeitas sobre Luis Filipe Meneses, Duarte Lima, Marco António Costa, as suspeitas de fuga ao Fisco de Marques Mendes e os pedidos de favor nos vistos Gold, tudo isso e o mais que falta descobrir.

Ora dando de barato que todas estas críticas são válidas (que são pelo menos algumas enviesadas) vou ali buscar a balança e já venho...



 Hum... em face da Bancarrota feita de chumbo talvez sejam apenas plumas o que acima é descrito caro José Maria...

sexta-feira, fevereiro 12, 2016

Ogre dos Mercados

Os mercados na boca e na letra de quem goza de espaço mediático para falar mais parecem falar do lobo mau ou dos ogres das histórias de fada...

Quando é que se pára de falar dos "mercados" como essa entidade semi-divina como um ser abstracto com vontade própria e insondável?

Os "mercados" mais não são que pessoas. Sim, pessoas... gente que pelos mais variados motivos, positivos ou não, gananciosos ou não... investem pilim... dinheiro

domingo, fevereiro 07, 2016

Reversão TAP

Estava eu a pensar com os meus botões, porque raio teria a dupla Pedrosa e Neeleman embarcado nesta pseudo-reversão... porque do lado de Costa não percebo minimamente a insistência...

Mas repentinamente fez-se luz...

Mantêm 50%, e mandam...

Além disso apostam que este governo não demore muito a cair... e ainda por cima ganham a chancela de legitimidade da privatização por parte do PS...

Well done mr. Neeleman