Imagem Jornal I
Reconheço a Pacheco Pereira a capacidade intelectual superior e sempre o achei interessante, concordando ou não com as opiniões por ele veiculadas.
Sempre apreciei o perfil um pouco desalinhado face a outros opinadores, e valorizo o facto de no PSD haver sempre quem seja capaz de criticar os governantes e líderes do partido, ao contrário da práxis do Partido Socialista - vide o ostracismo a que está a ser votado Henrique Neto, um dos muito poucos que criticou o governo Sócrates dentro do PS.
Mas Pacheco Pereira está a sofrer exactamente do mesmo mal que António Costa. O país descrito e que eles clamam para que se revolte pura e simplesmente é um fragmento da imaginação destes senhores. Uma realidade paralela que ainda que exista é um franja da sociedade.
E mais, a ideia do governo radical propalado pelo comentador/pensador ainda é mais rebuscada... A ação deste governo adere muito pouco ao fel de Pacheco Pereira.
Aliás as poucas decisões que podem ter um substrato ideológico (que duvido que tenham) foram aquela que têm potencial altamente benéfico, como as privatizações da TAP e outros transportes, a inação face ao BES ou à PT:
Aliás este é na minha opinião um dos governos que mais contribuiu para uma normalidade democrática em dois vectores importantíssimos. Não há até ao momento casos (e se existirem cá estarei para me contradizer) de interferência com os poderes judiciais, como não há casos conhecidos que este tenha sido um governo que tenha cedido á tentação de tentar controlar ou manipular a comunicação social, coisa que noutros tomou proporções avassaladoras.
Parece-me haver em Pacheco Pereira um ódio primário aos protagonistas do governo que desde 2011 gere o rumo do país... e isso é triste.
Sem comentários:
Enviar um comentário