segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Depois do vinho, Portugal quer alargar exportações para a China

O vinho é uma das produções nacionais mais bem conhecidas na China, mas os empresários chineses acreditam que há mercado para outros produtos e aproveitaram o Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB) para descobrir "novidades".

A secretária-geral adjunta do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), Rita Santos, garantiu que "há interesse" na importação de produtos portugueses.

"Antigamente, [os empresários portugueses] só bebiam vinho francês, do Chile e da Austrália, mas como cada vez que eu faço actividades [de promoção] no interior da China, em Cantão, Xangai, Pequim, levo sempre vinho português, eles conseguem comprovar que, além de ser barato, tem um sabor que muitos deles acham superior aos vinhos da França", afirmou.

O passo seguinte é "tentar convencê-los a não comprar azeite espanhol" e "ver outros produtos alimentares" que possam ser promovidos "no grande mercado da China" porque "há mais para conhecer além do vinho e do azeite".

Rita Santos, que é responsável por uma delegação que integra mais de vinte empresários chineses de várias províncias, lembrou o apelo do primeiro-ministro, Wen Jiabao, para que se aposte nos países de língua portuguesa e sublinhou que "a China incentiva os empresários a saírem do seu país para poder constituir parcerias".
Entre as áreas mais apetecíveis para os investidores, em Portugal, encontram-se o imobiliário "com preços convidativos" a comprar com os preços de Hong Kong, Macau e Cantão, bem como as energias renováveis, exemplificou.

A responsável do Fórum destacou ainda o papel de Macau como "uma porta aberta aos empresários de Portugal", que beneficiam da vantagem de uma língua comum.

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