quarta-feira, dezembro 12, 2012

A chamada bosta jornalística

"Em Portugal há restos complicados do antigo regime"

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/em-portugal-ha-restos-complicados-do-antigo-regime=f773118#ixzz2Eq3eFZIy

quinta-feira, novembro 15, 2012

Carga Policial

Ontem quando a polícia carregou sobre os manifestantes em frente ao parlamento imediatamente pensei... Que erro monumental.
Quem estava comigo discordou e afirmou que num estado de Direito não é admissível a polícia estar mais de uma hora a ser agredida.

Sim é aceitável essa posição. Mas não me convenço, acredito que politicamente e estrategicamente foi uma oportunidade desperdiçada.

A actuação da polícia foi legitima, claro, depois de uma hora a levar com pedras da calçada em frente da casa da democracia, é óbvio que é legítima, legal e moralmente aceitável até.

Mas repito, para mim foi um erro estratégico monumental.

Porquê:
Cenário 1 - o que se passou

Polícia agredida continuamente com pedras de calçada, petardos e afins durante mais de uma hora. Após avisos dispersa a multidão.

Prevaricadores fogem em massa e espalham o caos por ruas adjacentes que incluem destruição de propriedade privada e incêndios na rua.

Resultado: Cenário à grega.

Imagens que ficam? Um polícia a agredir um manifestante que já está prostrado no chão ao pontapé e outro que larga o cão para morder essa pessoa. Muitos que pouco tiveram a ver com as agressões à polícia como idosos a levar bastonada.
Jornalista da TVI a proteger-se no chão por detrás de um carro.

Ora descontextualizando os acontecimentos, algo que acontece frequentemente na comunicação social o que vos parece que pensariam ao ver essas imagens. 

Outra questão é a hora, se por um lado parece ter sido feita a carga para aparecer no jornal das 8, por outro seria para os deputados sairem do parlamento à vontade?

A esquerda por seu lado já faz o que sabe melhor. Inverte a realidade e faz o choradinho da vítima, sem razão absolutamente nenhuma, mas em termos de relações públicas funciona.

A acção da polícia acaba por alargar o fosso entre quem está a favor da ordem do estado e quem se revolta contra a figura de poder neste momento. Divide o país ainda mais.

Ou seja, quem ordenou a carga acabou por prestar um mau serviço ao estado. O ministro a ter palavra devia ter pedido contenção absoluta à polícia. Talvez não faça parte da sua personalidade.

Miguel Macedo tem razão quando diz que quem agrediu a polícia são profissionais da agitação, por isso mesmo, a Polícia não deveria ter caído na armadilha, o resultado foi exactamente o pretendido por esses agitadores profissionais da esquerda radical.


Cenário 2 - o que penso que deveria ter acontecido

A polícia aguentar até ao fim como o fez durante uma hora. Seria pedir muito. Certamente, mas estrategicamente seria uma vitória em toda a linha para a instituição e até para o governo num momento de tensões altas para o país.

O esforço abnegado daqueles policiais seria certamente recompensado com a solidariedade dos portugueses, unindo o país contra a minoria radical que provocou os distúrbios.

Vide aliás o programa opinião pública na SIC Notícias. Analisando as opiniões de quem falou para o programa, a polícia estava a ganhar aquele confronto enquanto não atacou a multidão.

Apesar da gravidade dos ataques dos manifestantes, a polícia está equipada e estava perfeitamente em condições de permanecer estóica. Aliás comprovando a mera provocação, que para estes filhotes da mamã que não têm mais nada para fazer na vida e cuja actuação se resume ao toca e foge, está o facto de nunca sequer ter existido a mínima tentativa de romper o cordão policial.

Neste caso a determinação policial em não dispersar a multidão seria uma excelente propaganda para a instituição, e o governo colheria a benesse dos portugueses ao evitar a concretização de uma acto sempre associado à direita (bem ou mal) de repressão sobre os cidadãos.

Ter-se-ia também evitado a dispersão da violência por outros locais da cidade de Lisboa e as tristes imagens que percorrerão o mundo, que poderá em última análise destruir a imagem cumpridora do país deitando para o lixo o difícil caminho que se fez até agora.

Foi, foi para mim, claramente uma oportunidade falhada para a PSP e o Estado colocar a maioria dos portugueses no seu lado da barricada no repúdio pela violência esquerdista.

E ainda mais, a acção policial teria sido mais eficaz. Nestas situações a tendência é a que os manifestantes legítimos acabassem por sair do local enquanto os radicais se mantinham no local. Apenas com estes no local teria sido muito mais simples cercar aquela centena de agressores e detê-los efectivamente sem hipótese de fuga, o que acabou por acontecer.

(PS: espero que se ande a investigar porque anda uma mole de gente desocupada, ligada à extrema esquerda a percorrer a Europa apenas para a provocação de um clima de insalubridade. A táctica é velha, espero que pelo menos os portugueses não se deixem ir nesta onda)   



          

sexta-feira, outubro 26, 2012

Mau Jornalismo

É obvio que qualquer jornalista tem tendências, no fim de contas é humano, ainda assim pede-se que sejam sérios.

Não foi o caso de Alexandra Inácio. Na edição Online estava este título:

Custo por aluno do ensino público inferior ao do particular


É verdade?

Pura e simplesmente não. 

Ou melhor a resposta 100% correcta seria: não é bem assim.

Isto porque contado os 12 anos de escolaridade, a média de custo por aluno é realmente inferior à das escolas com contrato de associação. Mas... e não é um pequenino MAS, é um MAS enormíssimo...

O custo para o estado por aluno até ao 4º ano é menos de metade do que daí para a frente, e escolas básicas com contrato de associação, a existirem contam-se pelos dedos da mão.

Ou seja, comparando o comparável, entre o 5º ano e o 12º, A REALIDADE é que sai mais BARATO ao estado um aluno a estudar numa escola com contrato de associação que numa escola da rede pública.

Como se pode fazer um título com uma comparação incomparável, mesmo que se tecnicamente o título até seja verdadeiro. Revela pouca seriedade.

Uma achega, com estes resultados não se compreende portanto a posição de cortar o financiamento a estas escolas com contrato por parte do Tribunal de Contas.    



quinta-feira, outubro 25, 2012

Cortes na despesa

Tanto falatório sobre cortes e em como é difícil cortar, vendo o mapa dos gastos do estado, mais de 550 milhões de euros eram limpinhos

GABINETE DO REPRESENTANTE DA REPUBLICA -
REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES:  319 251 400 €
GABINETE DO REPRESENTANTE DA REPUBLICA -
REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA:  242 475 480 €

o que fazem estes organismos? ninguém sabe

segunda-feira, outubro 22, 2012

"Um peixe chamado Ana"

No seguimento do editorial do Pedro Santos Guerreiro dá-me azo a avançar que partilho da preocupação.
Na verdade que bem trará trocar um monopólio público por um monopólio privado e que se traduz como se pode retirar das rentabilidades de 50% da empresa, numa perfeita renda do Estado Português a um provado. Mais uma...

Isto não quer dizer que não seja favorável a uma privatização da ANA aeroportos, aliás sou contra UMA privatização... Não contra várias.

O estado não tem que ter aeroportos, claro, e não há absolutamente nenhum obstáculo a que um aeroporto tenha gestão provada, agora rendas, mais não por favor.

Defendo portanto que a empresa deveria ser dividida, e obrigado o comprador a cumprir requisitos de serviço público, não podendo alienar ou eliminar sem consentimento estatal um aeroporto menos lucrativo. Sugiro 3 empresas a que para exemplo seriam ANA 1,2 e 3. Tentaria dividi-las por um critério de apetecibilidade, ou seja colocar um aeroporto mais rentável com outro menos.

Assim sendo poderia por exemplo ficar

ANA 1 - Lisboa e Açores
ANA 2 - Porto e Beja
ANA 3 - Faro e Funchal

É apenas uma sugestão, mas desta forma seria certamente uma privatização de forma a defender o País e o interesse nacional, como também a defender o interesse dos consumidores. Assim haveria concorrência, não rendas!  

"PP assegura maioria absoluta na Galiza, nacionalistas vencem no País Basco"

Ou quando a realidade contradiz as construções mediáticas...


quarta-feira, outubro 17, 2012

Pequeno Contributo

De tudo o que rodeia o Orçamento do Estado para 2013 espero que os portugueses cheguem a uma conclusão. Que estado queremos? Quanto estamos dispostos a pagar por ele?

Porque isso é o que está em cima da mesa quando os portugueses por um lado não querem que se toque nas funções do estado e por outro não o querem pagar.

Há gorduras? há e muitas mas ainda assim quando vejo que 75% dos gastos do estado são na educação saúde e segurança social, é aqui nesta despesa estrutural que se poderá fazer alguma diferença, e permitir que se desamarre o país para um futuro melhor, só possível com maior liberdade e menos impostos.

Sugiro portanto isto, e sem contas feitas admito:

Educação: Aqui alguma coisa tem sido feita, ou alguém compreenderá que existissem milhares de professores sem uma hora de componente lectiva. Não me ocorre por ora excepto reduzir a dimensão do monstro. Admitiria um modelo similar aos contratos de associação mas não sei se traria efectivamente cortes substanciais na despesa.

Segurança Social: Imediata instauração de um tecto máximo para as pensões. Todas elas. Para quem os descontos não tivessem uma relação direta com a pensão existiria uma taxa regressiva ( 11%, 10%,9%, etc) para o excesso. Aqueles que já estavam no sistema poderiam receber um crédito fiscal anual para compensar eventuais injustiças. Sugiro um tecto de 5 ordenados minimos. As empresas continuariam a descontar os 23,75%. Pensionistas deixavam de pagar impostos diretos, algo perfeitamente absurdo e uma forma artificial de fazer baixar as pensões.

Saúde: Privatização dos Hospitais Centrais. O estado garantiria a rede primária e os pagamentos através de um modelo de seguro de saúde nacional pago consoante os rendimentos. Na alçada do estado manter-se-iam os Hospitais Universitários.

Além de sairem da órbita do estado enormes custos operacionais, poupar-se-ia enormemente em salários.

Sugiro ainda: imediata privatização das redes de transportes como a carris, a CP e metros do porto e LX. São um buraco e prestam em muitos casos muito maus serviços. O estado Assegura em contratos de concessão o financiamento de passes.

Legalização da comercialização de drogas leves e da prostituição. No último caso acredito que seria muito mais digno para quem faz desta a sua vida, seguro para os clientes, combatendo também o tráfico humano, a escravatura sexual etc. Mais receita fiscal

Manter a redução dos assalariados do estado. Despedir 100 mil funcionários seria contraproducente no momento. Criaria confusão social e o estado continuaria a ter gastos ao ter que pagar subsídios de desemprego e eventuais indemnizações.

Ajustar mapa judicial: tem sido feito e só peca por tardia. A demagogia à volta deste assunto tem sido brutal. Não é certamente por um tribunal estar a 20 KM que a justiça não chega ao povo. Pelo contrário centros de saúde e escolas serão certamente mais gravosos e parece não ter levantado tanta celeuma

Isto sim seriam reformas estruturais. Pelo menos o saque não seria necessário na mesma proporção  


terça-feira, setembro 25, 2012

Sem luz ao fundo do túnel

Com todo o descontentamento popular à volta da TSU, portugueses, oposição e mesmo empresários apenas conseguiram que se trocasse um SAQUE com uma pequenina luz ao fundo do túnel por um mero SAQUE recessivo.

segunda-feira, setembro 24, 2012

Esquerda Salivante

A esquerda saliva e não é de raiva... É da miragem do poder.
Os atos políticos dos partidos do quadrante esquerdo tem revelado sobretudo um profundo desrespeito pela democracia.

Um governo legitimamente eleito há cerca de um ano é colocado em causa pelos donos do regime. Sim porque sobretudo o PS considera-se dono do Regime. Assim vemos figuras como a de Mário Soares reclamar governos de salvação nacional e afins.

O PS vê a possibilidade de reocupar o lugar de que se julga dono, e atua com irresponsabilidade.

Do PCP nada de novo. A instalação do caos nas ruas, na anarquia para que assim o aparelho do partido substitua o poder do estado. Tática velha e conhecida. Ainda assim os portugueses têm demonstrado alguma sapiência para colocar os senhores no lugar.

Do BE é a confusão pela confusão.

Da vertigem salivante que se assoma com o poder a cair na rua e a colagem ao protesto do povo português, a estes partidos escapou um dado fundamental. As gigantescas manifestações foram também contra eles...    

TSU

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=580215

Baralha-se e volta tudo ao mesmo. Fantástico... Mudar para quê!? Alterações estruturais Vs Cosmética? Viva ao batôn... Assim vamos lá rapaziada!!!

quinta-feira, setembro 20, 2012

O “milagre” do “reajustamento externo” e a Segurança Social

Não é muito normal ler coisas com pés e cabeça no blog 5 dias , especialmente de há dois ou três anos para cá.

Mas este texto lança debates, parece fundamentado e levanta questões.Bem Haja Eugénio Rosas.

Pode ler aqui

segunda-feira, setembro 17, 2012

Manif's

É bonito ver os portugueses a tentar mudar qualquer coisa.

É bonito ver os portugueses a mobilizarem-se.

É bonito ver os portugueses a exigirem que os políticos assumam responsabilidades e prestem contas aos contribuintes.

É bonito ver o civismo que os portugueses trouxeram à rua.

Já não é tão bonito ver os equívocos, os paradoxos e a negação da realidade.

quinta-feira, setembro 13, 2012

Minimização de impactos

Como se depreende daqui não acredito nas desgraças proclamadas com a solução 18/18% avançada pelo governo para as contribuições para a "insegurança social".

Acho no entanto que se têm de salvaguardar as condições de vida, especialmente para os trabalhadores mais desprotegidos em termos de salário liquido para o impacto destas subidas, daí que no texto anterior sugeri ou a subida do salário mínimo ou a criação de dois patamares de contribuições tendo como referência  o indexante de apoios sociais de 419,22 euros.

Ouvi entretanto a ideia de Martim Avillez, que sendo ele contrário à medida, sugere outro tipo de contribuição mantendo no entanto o corte mas reforçando o rendimento disponível das famílias.

Gostei da ideia e é isso que me parece urgente fazer.

Como expliquei anteriormente acho a solução criativa e a médio prazo poderá ter efeitos muito positivos na competitividade das empresas, logo mais empregos e crescimento.

Mas urge proteger quem menos ganha daí que me pareça urgente o governo incitar as empresas a díluir o pagamento de um dos subsídios pelos doze meses para contrabalançar a perda brutal de rendimento disponível. Aliás segundo o código do trabalho isso é perfeitamente legal e há empresas que já o fazem.

Vamos a contas:

No cenário actual teríamos em 2013 uma pessoa que ganhe o salário mínimo a dispor de 397,7 € após a contribuição para a SS, face aos 431,65 actuais. Uma diferença brutal e que ultrapassa o limiar da pobreza.

Face a isto o impacto sentido pelas famílias seria menor se pelo menos no rendimento disponível não houvesse este impacto. Isso aconteceria diluindo um subsídio pelos 12 meses ou seja contas redondas,  acrescentando no caso descrito 40,42 € (485/12), que resultava num salário bruto de 525,42 e num líquido de 430,84€.

Na prática o rendimento disponível das famílias, ou neste caso de uma pessoa não sofreria alterações de montante.

É óbvio que há corte no ano, mas durante o mês seria um pouco menos difícil para estas pessoas. O rendimento líquido anual sem IRS fica nos 6043,10€ e com a mudança de taxa passa a 5567,80€

Este terá de ser o pacote decisivo, e acredito que será o mais eficaz, aumentar IVA e impostos geraria menos receitas devido à retracção imediata do consumo e mais IRS seria ineficaz através de maior fuga ao fisco. O tiro assim é mais certeiro e todos terão de ajudar o país a sair da fossa.

Urge o governo cortar na despesa.

Sou sincero que não sei se alteraria muito as contas das empresas, mas com a descida da TSU parece-me legitimo o Estado obrigar pelo menos durante os próximos 3 anos as empresas a cumprir esta diluição.

terça-feira, setembro 11, 2012

Quem me dera a mim pagar 18% de segurança social

Obviamente o título é provocador. Ainda assim enquanto o país parece rasgar as vestes contra o confisco estatal apetece-me quase dizer, bem-vindos ao mundo dos recibos verdes. Essas dezenas de milhares de trabalhadores com direitos quase nulos e que não pagam nem 11%, nem 18% mas sim 30% à segurança social. São só mais 12% em relação aos trabalhadores dependentes e com direitos, isto para o ano que vem.

É um confisco? Claro que é. Qualquer aumento de impostos o é, ainda assim surpreende-me a esquerda, ou será que se as empresas continuassem a pagar os 23,75% já seria uma grande medida para a sua amada insegurança social?

Mas com o risco de ser queimado vivo pelos trabalhadores dependentes, eu digo que podia ser bem pior e que bem vistas as coisas, a solução de aumentar os descontos dos trabalhadores e diminuir os das empresas é criativa e abre portas, ao contrário da alternativa mais óbvia. 

E pergunto eu, havia alternativa dada a realidade económica do país e financeira do estado após 20 anos de desvario governamental e social? Não me parece. 

A alternativa óbvia, impelida pela decisão do Tribunal Constitucional seria a criação de um imposto extraordinário a todos os portugueses com rendimentos na ordem dos 7 ou dos 14%, um ou dois subsídios. Esta solução que pensei que fosse a adoptada traria apenas um maior arrefecimento da economia, depressão económica, maior desemprego e seria forçadamente imposta pelo estado do Estado.

A proposta avançada contém em si os mesmos elementos de pressão negativa sobre a economia mas abre portas a médio prazo. Isto é:

1 - As empresas exportadoras são muito beneficiadas. Ao diminuir os custos do trabalho poderão investir com esta poupança extra na expansão dos negócios no exterior com a consequente criação de um maior número de empregos, tornarem-se mais competitivas através do preço e aumentar ainda mais as exportações. A solução de benefícios fiscais proposta por alguns opinion makers é para mim errada, isto porque cria distorções no mercado, vantagens ilegítimas para estas empresas, confusão fiscal e dá azo a burlas e esquemas. As regras devem ser iguais para todos.

2 - As empresas no mercado interno terão de lutar contra os elementos negativos de uma subida de impostos mas poderão contrabalançar com algumas acções. Isto é, a criação de emprego deverá ser nula, acredito nisso, mas com a descida do consumo terão uma ferramenta para combater esse efeito que será a diminuição de preços, e os portugueses deverão reclamar isso sobretudo das grandes empresas como na energia e telecomunicações. Poderão também optar por aumentar salários ou com essa pequena folga redireccionar algum investimento para uma aposta na internacionalização. Também certamente haverá quem apenas se limitará a encaixar essa poupança, mas esses acredito que pouco tempo irão sobreviver no mercado.

3 - Dota a segurança social de maior robustez para amparar o impacto financeiro da crise e consequentemente no défice do estado

Ou seja, é uma proposta que pelo menos tem o condão de não limitar os efeitos à mera destruição económica.

É também ela uma proposta mais justa, isto porque se fosse eu a sofrer este aumento (porque eu pago 30% à segurança social) preferiria suportá-lo desta forma, porque apesar de ser a instituição mais ineficiente e menos amiga do cidadão dentro do estado, ainda vai sendo a mais eficaz na redistribuição da riqueza. Pelo menos assim o dinheiro não vai para assessores, carros, boys, auto-estradas, rotundas, aeroportos e TGV.

É claro que encapotadamente o estado arrecada mais e sobe os impostos em mais 1,25% e que seria mais defensável se a medida fosse fiscalmente neutra, 17% + 17%.

Mas mais uma vez. É criticável e vai contra o que o próprio Primeiro-ministro afirmou antes das eleições? Claro que sim, mas e... ALTERNATIVAS? Daqui a 3 anos far-se-à o julgamento democrático.

Impõem-se no entanto duas acções imediatas para o governo para dar algum ar de legitimidade a estas propostas:

1 - Avançar rapidamente e em força, e consequente estrondo mediático com o fim de fundações, institutos e afins, e de todos os elementos parasitários do estado. Tem sido este o grande calcanhar de Aquiles deste governo.

2 - Utilizando como referência o Indexante de Apoios Sociais estabelecido para 2012 de 419,22€ e de forma a evitar uma ruptura social, o ordenado mínimo deveria ser estabelecido em 511,25€. Não reporia a diminuição de poder de compra na totalidade mas evitaria a demasiada sobre-exposição das camadas menos protegidas da população. Ou em alternativa criar dois escalões de SS um de 13,5% até 511,25€ e a partir daí os 18%, não seria tão justo (porque nas margens em termos líquidos um trabalhador do escalão abaixo receberia mais do que o do escalão acima) mas seria aceitável e regulável com subidas e descidas eventuais do IAS.

Por fim deixo o agradecimento ao nosso Tribunal Constitucional. Sim porque são eles que abriram a porta a estas medidas através de uma argumentação jurídica completamente ao lado.
Não ponho em causa que a inconstitucionalidade e ilegalidade que se mantém na retirada de um dos subsídios aos funcionários públicos e dois aos pensionistas. 

O estado português dá mais uma vez mostras que é o primeiro a desrespeitar as leis criadas pelo próprio estado, que Portugal de estado de direito tem muito pouco, porque as regras ao "monstro" não se aplicam, criando de facto uma desigualdade entre o estado e os restantes elementos da sociedade. E aí é que está a inconstitucionalidade, não no argumento de proporcionalidade e equidade entre funcionários públicos e funcionários no privado, mas na equidade entre estado e demais actores económicos. Constitucionalmente existe irredutibilidade dos salários, assim como no código laboral que também obriga ao pagamento dos subsídios. O estado português proíbe e cobra coimas às empresas que não cumprem estes princípios regulados por lei. O estado faz letra morta das leis que cria.

Ou seja, quando o Tribunal Constitucional (além da clara fuga para a frente do "é inconstitucional mas só para o ano") permitiu a redução dos salários aos funcionários públicos ao governo Sócrates abriu uma caixa de pandora. E a inconstitucionalidade começou aí, nesse ponto. Agora vê-se amarrado e obrigado a inventar argumentação jurídica, porque a argumentação legítima não a podem invocar devido à asneira anterior, que seria a da irredutibilidade dos salários, porque o corte dos subsídios se traduz numa real diminuição salarial, algo ilegal e inconstitucional. Por isso mais uma vez obrigado pela asneira TC.   







        

segunda-feira, setembro 03, 2012

sexta-feira, agosto 10, 2012

Biblioteca nasce com 13 mil livros levados de Portugal

A primeira biblioteca pública de Bissau vai nascer nas próximas três semanas pela mão de cinco voluntários da organização "Afectos com Letras" que "na bagagem" levam 13 mil livros recolhidos em Portugal, anunciou a instituição.

O projecto nasceu em dezembro quando, durante uma missão na Guiné-Bissau, a associação recebeu o desafio do ministro guineense da Educação: "Convidou-nos a fazer uma biblioteca na cidade de Bissau, porque não há nenhuma biblioteca pública", contou a presidente da associação sediada em Pombal.
Joana Benzinho explicou que a organização lançou então uma campanha de recolha de livros - que contou com o apoio da biblioteca municipal de Pombal, da rede de bibliotecas escolares e de câmaras e bibliotecas do país - e entre 25 de março e 25 de junho foram recolhidos 13 mil livros.
"Foram todos catalogados pelos técnicos da rede de bibliotecas de Pombal" e estão agora a chegar a Bissau, num contentor que leva ainda estantes e 10 computadores oferecidos pela empresa JP Sá Couto, contou a responsável.

Na próxima segunda-feira, cinco voluntários da associação chegam a Bissau e, ao longo das próximas três semanas, contam montar a biblioteca nas instalações cedidas pelo Instituto Politécnico Benhoblô e deixá-la a funcionar até ao fim do mês.
Entre os livros enviados vão "muitos livros infantis, muita literatura portuguesa, romances estrangeiros e enciclopédias", assim como alguns livros em francês, "dado o contexto regional da Guiné-Bissau, rodeada por países francófonos".
Muitos são livros novos, oferecidos por editoras que se associaram à "Afectos com Letras", mas também há livros em segunda mão, dados por particulares e sujeitos a uma triagem: "Queremos fazer uma biblioteca em condições, não um depósito de livros antigos e em mau estado", sublinhou Joana Benzinho.

A biblioteca ficará a cargo de um funcionário, que receberá apoio e formação contínua por videoconferência a partir da Biblioteca Municipal de Pombal.
Em dezembro, a associação conta levar a Bissau técnicos da biblioteca de Pombal para dar formação, de forma a dinamizar a biblioteca guineense com atividades como a hora do conto ou o cantinho da criança, e até lá vai continuar a recolher livros em Portugal.
"É um projeto que não se esgota com a abertura da biblioteca. Queremos continuar a alimentá-la com livros e a dar qualidade ao espaço", disse Joana Benzinho.
Para quem queira contribuir com livros, basta entregá-los na sede da organização, em Pombal, ou na Biblioteca Municipal da cidade.
Criada em setembro de 2009, a Afectos com Letras, Associação para o Desenvolvimento pela Formação, Saúde e Educação tem como missão a melhoria das condições de vida das crianças da Guiné-Bissau.
A Biblioteca Pública resulta de uma parceria da "Afectos com Letras" com a Rede de Bibliotecas de Pombal, as Bibliotecas Escolares e o Instituto Politécnico Benhoblô, em Bissau.

segunda-feira, agosto 06, 2012

Povoamentos de uma só espécie contribuem para alastramento do fogo - Ribeiro Telles

O arquitecto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles aponta como causa dos incêndios em Portugal os povoamentos de uma só espécie, que fazem com que o fogo se propague a grandes extensões.

"Os incêndios surgem por causa de os povoamentos serem mono-específicos, quer dizer, serem de uma só espécie, alastrando assim com facilidade a manchas muito grandes", disse hoje Ribeiro Telles, também engenheiro agrónomo.
"Em qualquer caso, não só para os povoamentos florestais, como para os matos, como para qualquer situação", a dificuldade em fazer o cadastro dos terrenos e o abandono dos terrenos, o fim das actividades rurais, ajudam também a que o fogo se propague, indicou.

Engenheiro paquistanês inventou carro movido a água

O engenheiro paquistanês Agha Waqar Ahmed tornou-se uma celebridade no seu país ao afirmar ter feito uma descoberta que poderia acabar com a dependência mundial de petróleo: nada menos que um carro movido a água.

De acordo com Ahmed, a água poderia activar o carro através do processo de electrólise, pelo qual uma corrente da bateria passa através da água destilada, cheia de electrólitos, separando o hidrogénio do oxigénio. O hidrogénio, que pode ser usado como combustível, seria o responsável pela alimentação do motor do carro.

"Veremos uma revolução no Paquistão se usarmos essa tecnologia. Resolveremos a nossa crise energética", disse Ahmed. Os paquistaneses têm sofrido com severos cortes de electricidade, que podem prolongar-se por até 20 horas.

Apesar do entusiasmo do cientista e dos seus compatriotas, académicos experientes duvidam do mecanismo e afirmam que o seu funcionamento contraria as leis da física.
O director do departamento de física da mais importante universidade de Islamabad, Khurshid Hasanain chamou a inovação de "puro nonsense", afirmando que não haveria como obter energia através do processo de electrólise. A energia usada para separar o hidrogénio da água seria a mesma ou até maior do que a que chegaria ao motor.

quarta-feira, agosto 01, 2012

Porto de Lisboa recebe 21 navios de cruzeiro e mais de 33 mil passageiros em Agosto

 
Cruzeiro O Porto de Lisboa (APL)vai receber, em agosto, 21 navios de cruzeiro, com mais de 33 mil passageiros, anunciou hoje a empresa.

China: Compras a Portugal cresceram 64% até junho para 633 ME

A China comprou a Portugal até junho produtos no valor de 778 milhões de dólares (633 milhões de euros), mais 63,9% do que no primeiro semestre de 2011, indicam dados oficiais hoje divulgados.Já para Portugal - terceiro parceiro comercial da China no universo lusófono - seguiram, até junho, mercadorias chinesas avaliadas em 1,2 mil milhões de dólares (997 milhões de euros) - menos 11,8% em relação ao período homólogo do ano passado -, segundo as estatísticas dos Serviços da Alfândega da China.
Com efeito, o volume das trocas comerciais luso-chinesas atingiu 2 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros) na primeira metade do ano, refletindo um crescimento anual na ordem dos 7,4 %.

quarta-feira, julho 25, 2012

Portugal /São Tomé: Cavaco promete "esforços possíveis" para livre circulação de cidadãos


O Presidente da República, Cavaco Silva, garantiu hoje que serão sempre feitos "os esforços possíveis" para facilitar a livre circulação de cidadãos de São Tomé e Príncipe, mas lembrou que Portugal tem que respeitar as regras europeias nesta matéria.

"São Tomé e Príncipe encontrará sempre do lado de Portugal os esforços que forem possíveis, no quadro da União Europeia a que pertencemos, para facilitar a vinda de são-tomenses para Portugal", disse Cavaco Silva.

O PR falava aos jornalistas após a cerimónia de boas-vindas a Lisboa do Presidente da República de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, que estará em Portugal em visita de Estado e privada até 3 de agosto.

sexta-feira, julho 20, 2012

Guiné Equatorial não vai aderir à CPLP- vice-Presidente angolano

A Guiné Equatorial não vai aderir hoje à CPLP como membro de pleno direito, porque registou "poucos progressos" no respeito ao regulamento interno da organização, disse hoje o vice-Presidente angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos.

Os passos dados pela Guiné Equatorial visando obter o estatuto de membro de pleno direito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é um dos temas centrais da IX Cimeira de Chefes de Estado e de Governo, que hoje se realiza em Maputo.

O vice-Presidente de Angola, país que hoje cede a presidência da CPLP para Moçambique, considerou que o alargamento dos pedidos de adesão ao estatuto de observador associado e consultivo "são provas do crescente prestígio" da comunidade lusófona.

Pavilhão de Portugal na Feira de Luanda pequeno para albergar expositores

O espaço de 3000 m2 à disposição dos expositores portugueses na 29ª edição da Feira Internacional de Luanda (Filda) foi insuficiente para albergar as 87 empresas participantes, tendo algumas sido colocadas noutros pavilhões.
Portugal celebrou intem o seu dia na feira, uma cerimónia que contou com a presença do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, depois de a abertura do certame, na terça-feira, ter sido testemunhada pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.

Na Filda, como é já habitual, Portugal tem um pavilhão próprio onde empresas do ramo da construção civil, da indústria alimentar, têxtil, mobiliária, entre outras, vão até dia 22 expor os seus produtos, na esperança de realizarem parcerias.

É o caso de António Garrido, gerente da Liftech, empresa que está presente pela primeira vez na Filda, com o objectivo de conhecer o mercado e analisar a recetividade dos seus produtos.
"Viemos mais focalizados para elevadores de moradias, embora tenhamos uma gama de produtos alargada", disse aquele expositor que já faz planos para voltar em outubro, para outra feira da Filda, a Constrói Angola, virada para o ramo da construção.

Sobre as visitas de governantes portugueses a Angola durante o evento, António Garrido considera-as "um incentivo aos empresários".

Líderes da CPLP debatem em Maputo segurança alimentar, Guinés e estatutos

Os líderes dos membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reúnem-se hoje, em Maputo, com a segurança alimentar, a situação política na Guiné-Bissau, o pedido de adesão da Guiné Equatorial e a revisão de estatutos na agenda.

A IX conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP começa hoje, às 09:00 (hora local, 08:00 em Lisboa), na capital de Moçambique, que assume a presidência rotativa da organização durante os próximos dois anos.

Só os Presidentes de Brasil e Angola, Dilma Rousseff e José Eduardo dos Santos, não responderam à chamada e delegaram nos vices, Michel Temer e Fernando da Piedade Dias dos Santos, respetivamente, a sua representação na cimeira.

A situação política na Guiné-Bissau, dirigida por militares golpistas desde 12 de abril, será uma questão central na agenda da presidência moçambicana. Angola, que liderou a CPLP nos últimos dois anos, já reconheceu que o impasse no país foi "a grande frustração" da sua presidência.

A Guiné-Bissau será representada na cimeira de Maputo por Raimundo Pereira e Mamadú Djaló Pires - respectivamente o presidente interino deposto e o chefe da diplomacia do governo deposto no golpe militar -, confirmando o que o ministro dos Negócios Estrangeiros português já tinha dito, na semana passada.
A CPLP, disse Paulo Portas, considera que a representação oficial do país "deve ser assegurada pelas autoridades que derivam do voto popular e não por quaisquer outras de natureza violenta pela forma como se instalaram no poder".

Em Maputo estarão os chefes de Estado de seis dos oito membros da CPLP e também os ex-chefes de Estado Joaquim Chissano (Moçambique) e Jorge Sampaio (Portugal), na qualidade de Embaixadores da Boa Vontade da CPLP.

Portugal e Timor-Leste são os únicos Estados que se farão representar por três figuras do Estado: o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.

Pelos países com estatuto de observadores associados, conhecem-se já os representantes da Guiné Equatorial: Ehate Tomi, primeiro-ministro, e Angel Mokara Moleila, secretário de Estado dos Assuntos Consulares.
O pedido de adesão plena da Guiné Equatorial, que já tem estatuto de observador associado, é outro dos assuntos na agenda da cimeira, mas tudo indica que ainda não será desta que é aprovada a entrada do país africano rico em petróleo e gás natural.

Na cimeira estarão ainda vários convidados, destacando-se o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e o diretor-geral da agência das Nações Unidas para a alimentação e a agricultura (FAO), José Graziano da Silva.
A segurança alimentar e nutricional, para combater a fome e a pobreza, é o grande tema em debate na conferência de Maputo, onde será feita igualmente uma revisão e atualização dos estatutos da CPLP.

Pelo menos 700 pessoas, incluindo delegados estrangeiros e jornalistas moçambicanos e de países lusófonos, são esperadas na cimeira.

Criada em julho de 1996, a CPLP integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Recauchutagem Nortenha avança para Angola


A Recauchutagem Nortenha (RN), com o apoio da Portugal Ventures (ex-Aicep), da Caixa Capital e da Mota-Engil Indústria e Inovação, todos parceiros no programa "Internacionalizar em parceria" vai avançar para Angola. O objectivo é lançar, de imediato, uma unidade de recauchutagem de pneus off-road, ou seja de unidades usadas pela camionagem, sobretudo na áres mineira, a par da vertente da distribuição e assistência pós-venda em Angola.

O projecto anunciado hoje e que contou com a presença do responsável da Nortenha, José Gomes, do presidente da ME Inovação, Arnaldo Figueiredo, e ainda de Epifânio da Franca, administrador da Portugal Ventures, implicará um investimento de 1,8 milhões de euros.

O projecto passa pela constituição de uma sociedade local entre a Recnor SGPS, detentora da RN e os parceiros do programa, criando uma unidade industrial de raiz em Luanda. A partir da sede a empresa fará a deslocalização para as operações de manutenção e vendas nas regiões mineiras. O arranque será feito neste nicho de negócio, mas rapidamente a companhia tem previsto actuar em todas as frentes na área dos pneus, incluindo veículos ligeiros. O projecto incluirá oficina de calibragem e também venda de pneus novos.

Gomes acredita que este tipo de manutenção resultará numa poupança para as empresas na parte de custos de pneus que pode chegar aos 40%. A empresa arrancará com 35 colaboradores, sete dos quais expatriados que farão a formação. Tendencialmente aumentará o número de trabalhadores locais.

Figueiredo realçou as oportunidades que acontecem em África e países da América latina e que os empresários nacionais deverão aproveitar. A RN facturou 21,5 milhões de euros no ano passado, 30% dos quais são exportações para a Europa, onde actua em nichos de mercado, caso dos pneus de inverno e pneus para a indústria. No 1º semestre a actividade global cresceu 7% em termos homólogos, muito embora o mercado doméstico tenha caído 14%. A empresa está a tentar entrar em novos mercados, caso do Panamá e do Reino Unido. Neste último procura parceiros de distribuição.

Portucel confirma liderança europeia no papel UWF

A Portucel fechou o 1º semestre com vendas de 742,7 milhões de euros, mais 0,4% em face do período homólogo. A empresa conseguiu colocar 68 mil toneladas de quota adicional no mercado europeu, reafirmando a liderança no segmento.

O resultado líquido no semestre cresceu 8,3%, para os 105,7 milhões de euros, enquanto o cash-flow caiu 11,6%, para os 151, 6 milhões de euros. A companhia é uma das maiores exportadoras nacionais, representando 3% das exportações de bens do país.
Do total das vendas, que atingiram um novo recorde no 2º trimestre do ano, 618 milhões de euros resultam de exportação.

A empresa realça que estes resultados foram obtidos "num contexto económico adverso, marcado por uma quebra estimada de 3,5% no consumo aparente de papel fino para impressão escrita não revestido, tanto na Europa, como nos EUA". Adianta que "os bons resultados atingidos são fruto de um modelo de negócio bem sucedido e resiliente, traduzido numa elevada perceção de qualidade da sua proposta de valor e da forte penetração e notoriedade das marcas próprias, que representam 60% do volume total de vendas de papel".

O aumento de vendas foi potenciado pela nova fábrica e ainda pelo crescimento da área de energia, que foi superior em 4% em termos homólogos.

Exterior e perspectivas
A nível internacional o grupo afirma que continua a desenvolver o plano de investimento para Moçambique, estando a melhorar a rede de ensaios para plantações, a par dos estudos das alternativas logísticas para entrada e saída de produtos para a produção de pasta para papel e energia.

Em termos de expetativas para o final do ano, a gestão da empresa refere que "o mercado de papel cut-size na Europa tem-se mostrado bastante resiliente, com uma redução da procura muito moderada tendo em conta a presente situação económica e comparativamente ao comportamento da procura de bens de consumo em geral". O mercado de pasta BEKP mantém-se "sustentado por uma forte procura dos mercados asiáticos, nomeadamente da China". Este comportamento positivo da China tem "compensado um ambiente mais recessivo na Europa e nos EUA, pelo que as expetativas são de manutenção de um certo equilíbrio no mercado durante 2012".

A Portucel salienta que o aumento da oferta que se verificará partir deste final do ano, caso das capacidades no Brasil e Uruguai, "poderá perturbar o equilíbrio entre a oferta e a procura nos anos subsequentes".

quinta-feira, julho 19, 2012

Pastel de Belém entre as 10 melhores comidas de rua da Lonely Planet


O pastel de Belém foi considerado uma das melhores "comidas de rua pela qual vale a pena estragar a dieta" de acordo com uma lista compilada pelo Lonely Planet, com comidas de onze países diferentes.

O maior guia turístico do mundo descreve o pastel de nata como sendo "uma pequena tarte cozida numa concha de massa folhada com um doce de ovos cremoso, sendo por vezes polvilhado com canela" e elege o pastel da Antiga Confeitaria de Belém em Lisboa, como sendo o mais "sublime" e "original".

Junte-se às hordas que esperam para comprar pastéis (são vendidos umas incríveis 19 mil tartes por dia)”, explica o guia, sublinhando que “apenas três pessoas conhecem a receita ultra secreta e a preparação é feita à porta fechada”. “Inspire o aroma de açúcar e canela, morda a massa crocante e deixe a sua língua perdurar no creme maravilhoso. Um doce pecado”.

A premissa do Lonely Planet para elaborar a lista das melhores comidas de rua era simples: “Você está de férias a explorar um mercado local e é de repente atacado por um aroma sedutor e vira a cabeça para descobrir de onde vêm. Existe uma longa fila de esfomeados a invejarem todas as pessoas que se afastam a comerem algo delicioso. O que é que estão a comer? Talvez devesse investigar, não?"
Mas o problema é que você tinha começado uma dieta recentemente e tinha jurado por tudo levá-la até ao fim. “Mas você está de dieta. Não pode, não deve e jurou que não ia fazê-lo”.

Contundo, como bom guia turístico, o Lonely Planet aconselha-o a “mandar a dieta às urtigas” porque “esta é uma importante pesquisa cultural. Seria falta de respeito não provar a comida”.
Assim, foram escolhidas as 10 "melhores comidas de rua pela qual vale a pena estragar a dieta", mas como as iguarias eram tantas, o Lonely Planet escolheu juntar mais uma comida.

Além do pastel de Belém, o guia australiano escolheu a Gordita do México, o gelado de Itália, o Poutine do Quebec no Canadá, o Murtabak da Singapura e Malásia, a currywurst da Alemanha, o Takoyaki do Japão, Chivita al Pan do Uruguai, o Kelewele do Gana, O Yangrou Chuan do Nordeste da China e o Jerked Pork da Jamaica e das ilhas da Caraíbas.

[E gozaram com o ministro Álvaro Pereira quando ela falou no potencial internacional que o pastel de nata tem...]

TAP sobe seis lugares no ranking das melhores companhias do mundo


A TAP subiu seis lugares no ranking das melhores companhias aéreas do mundo, os World Airline Awards, passando do 73º para o 67º lugar.

A companhia aérea portuguesa ficou fora das preferências dos participantes num inquérito feito durante um período de 10 meses, feito por telefone, e que avaliou mais de 200 companhias aéreas de acordo com 38 critérios diferentes.

O primeiro lugar ficou para a Qatar Airlines - que mantém o lugar que já ocupava em 2011 -, seguida pela Asiana Airlines, Singapure Airlines, Cathay Pacific Airways, ANA All Nipon Airways, Etihad Airways, Turkish Airlines, Emirates, Thai Airways International e Malaysia Airlines.

Além de distinguir as melhores companhias do mundo, o ranking avalia as companhias aéreas segundo serviços específicos como a qualidade dos assentos, as refeições e até os pratos mais originais. Veja mais aqui.

quarta-feira, julho 18, 2012

Um raciocínio rápido sobre a relação de D. Januário Torgal Ferreira com as Forças Armadas

D. Januário Torgal Ferreira afirmou muito recentemente que o ministro da Defesa, Aguiar-Branco, "não manda em mim".
Não contestamos a afirmação do Excelentíssimo Senhor Bispo.
Mas relembramos um detalhe: o senhor Bispo tem a patente militar de Major-General.

Claro que, sendo Bispo, responde directamente perante a Santa Sé.

Mas, enquanto detentor de uma alta patente militar tem, sem dúvida, o dever de respeitar a hierarquia militar, sobre a qual os ministros da Defesa portugueses têm "alçada", estando "sob" o chefe de Estado português, que é o comandante supremo da forças armadas.

Mais uma achega: o senhor Bispo, com o "bom feitio" (ironia) que se lhe conhece, achará que está à margem de hierarquias, religiosas ou militares. Contudo, desempenhar certas funções ou cargos implica responsabilidades, além das inerentes regalias...

Há quem diga que está a despedir-se, tendo em conta que estará prestes a reformar-se.
Mas há despedidas que não lembram nem aos anjos nem ao diabo...

Instituto Camões e professores juntam esforços na Califórnia

O Instituto Camões (IC) e a Associação de Professores de Português dos Estados Unidos e Canadá (APPEUC) vão juntar esforços no ensino da língua portuguesa nas escolas oficiais e comunitárias do Estado da Califórnia, ao abrigo de um novo acordo. Um protocolo recentemente assinado permite que dois professores de língua portuguesa, Diniz Borges e José Luís da Silva, passem a ser professores de apoio pedagógico da Coordenação do Ensino Português nos Estados Unidos (CEPE-EUA) com responsabilidades no Estado da Califórnia.
Nuno Mathias, que assumiu recentemente o posto de cônsul de Portugal em São Francisco e representou o IC na assinatura do acordo, sublinhou o facto de "pela primeira vez, se recorrer ao uso de recursos locais através da escolha de professores ligados à diáspora na área do ensino do português" na Califórnia.
Borges, presidente da APPEUC, lecciona na Tulare Joint Union High School e College of the Sequoias, enquanto Silva é professor jubilado da San Jose Academy High School.

Para o cônsul em São Francisco, o acordo visa fortalecer a promoção da língua portuguesa "junto das autoridades escolares americanas e das escolas comunitárias existentes nas cidades com comunidades portuguesas", além de "rentabilizar sinergias", sensibilizando "as comunidades portuguesas para a importância da manutenção das suas raízes culturais, designadamente a língua portuguesa, como forma de ligação das novas gerações a Portugal".

Outros objectivos são "promover de forma articulada acções de formação dirigidas aos professores de português" e apoiar e desenvolver projectos no âmbito do ensino integrado.
Ainda segundo o documento, a associação compromete-se a organizar e coordenar acções de formação dirigidas aos professores de português das escolas comunitárias e escolas públicas da Califórnia e trabalhar com as instituições e associações da comunidade e entidades americanas de modo a aumentar a oferta de cursos de português em mais escolas secundárias do Estado.

Projecto da capital da Guiné Equatorial 'abriu portas' a arquitectos portugueses

O ateliê de arquitectura e urbanismo Ideias do Futuro (IDF), contratado para conceber a futura capital da Guiné Equatorial, considera que a oportunidade lhe "abriu portas" no país africano, rico em petróleo e gás, mas com "falta de quadros".
 
Em 2011, o IDF apresentou uma proposta de "capital para africanos" e o presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, gostou. O ateliê já terminou a conceptualização de Djibloho, nome da futura capital política e administrativa, mas mantém em curso dois outros projectos turísticos no país, "obviamente mais pequenos", disse André Correia, economista e gestor de projecto no IDF.
A Guiné Equatorial ainda não está preparada para ser um destino turístico, "não tem hotéis nem nada", mas assumiu essa intenção como «um objectivo estratégico», assinala. Porém, os dois projectos estão "em stand by". O país "tem muita dificuldade em conseguir manter muita coisa a funcionar ao mesmo tempo", diz.

"Um dos problemas da Guiné Equatorial é que há uma falta grande de quadros técnicos", constata, realçando, porém, que tem havido investimento na formação de quadros na Europa. "Um dos pedidos do presidente para a nova capital foi a criação de um pólo universitário", exemplifica.
"Sempre tivemos alguma dificuldade na interacção com o Governo", relata, mencionando que qualquer dúvida tinha de obter resposta de uma alta figura do Estado. "Era a mesma coisa que cá em Portugal estarmos a tirar dúvidas com o secretário de Estado", compara.
"É um país que precisa nitidamente de amadurecer, mas tem bastante potencial, pouca população, bastantes recursos. Poderá ter um bom futuro", acredita.

Correia está convencido de que o negócio com a Guiné Equatorial "seria mais fácil se houvesse uma ligação a Portugal através da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]".
A Guiné Equatorial já faz parte do grupo francófono e "as empresas francesas estão lá muito bem colocadas", equipara, sublinhando que a adesão do país à CPLP – que vai ser debatida novamente na cimeira de Maputo, na sexta-feira – poderia resultar numa "preferência" por empresas portuguesas.
O economista não tem dúvidas de que a futura capital do país – que deverá estar pronta entre 2025 e 2030 – é «um dos projectos mais importantes» do IDF, apenas responsável pelo trabalho de conceito, aguardando-se agora que a execução seja adjudicada.

Segundo a estimativa do ateliê, a nova capital, com uma área de 8150 hectares e destinada a acolher 160 mil habitantes, custará cerca de 500 mil milhões de euros.

terça-feira, julho 17, 2012

Portugal e Brasil são dois países que se "conhecem pouco", diz Grassi

O comissário-geral do Ano do Brasil em Portugal, António Grassi, considerou hoje, em Lisboa, que o evento vai mostrar a realidade de dois países ligados pela História, a cultura e a língua, "mas que se conhecem pouco".

Sobre o evento Portugal no Brasil - Brasil em Portugal, que foi apresentado hoje no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, o responsável sublinhou que o objectivo é sobretudo "dar a conhecer dois países contemporâneos".
O evento oficial, organizado pelos dois países, e que vai decorrer com programações em simultâneo, em Portugal e no Brasil, a partir de 7 de setembro deste ano, foi apresentado também pelo comissário-geral do Ano de Portugal no Brasil, Miguel Horta e Costa, com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.

De acordo com Grassi, que preside à Funarte - Fundação Nacional de Artes, no Brasil, dezenas de artistas brasileiros vão passar por Portugal, ao longo de dez meses - até 10 de junho de 2013 -, provenientes das mais variadas áreas criativas, desde a literatura, a música, o teatro, a dança, o circo, às artes visuais.
"A cultura é uma ferramenta muito importante para dialogar em todas as áreas, como a económica e de inovação tecnológica", sublinhou o responsável, acrescentando que, apesar de já ter apresentado um evento semelhante em França, Portugal "é especial pela língua comum, podendo apresentar uma vertente literária interessante". De acordo com Grassi, "a ideia é que se deixe um legado, uma continuidade", da presença cultural brasileira em Portugal.

De acordo com o comissário-geral, a organização do evento Brasil em Portugal está em negociações para criar um espaço na LX Factory, em Lisboa, onde serão apresentados várias iniciativas culturais, e que será designado por Espaço Brasil.

Estão já confirmados os artistas que estarão na abertura do evento, de 21 a 23 de setembro, no Terreiro do Paço, com Ney Matogrosso, e um concerto de artistas brasileiros e portugueses, no qual vão participar Martinho da Vila, Zeca Baleiro, Zé Ricardo, Paulo Gonzo, Carminho e Boss AC.
Entre a vasta programação, haverá um ciclo de teatro brasileiro no Teatro Nacional D. Maria II, uma exposição do artista Helio Oiticica, no Museu Coleção Berardo, uma exposição de "design" brasileiro no MUDE - Museu do Design e da Moda, em Lisboa, além de espetáculos de rua, encontros, palestras e workshops, em todo o país.
Segundo o comissário a iniciativa Brasil em Portugal representa um investimento de cerca de 2,5 milhões de euros, para os quais espera vir a receber ainda mais patrocínios.

Empreendedores da diáspora indiana abrem delegação em Portugal

A primeira delegação da TiE Portugal, organização internacional fundada por empresários da diáspora indiana para fomentar o empreendedorismo, vai ser oficialmente lançada na quarta-feira, em Lisboa, disse hoje o futuro presidente da instituição no país, Abdool Vakil.

"Vamos ter em Portugal, pela primeira vez, um grupo de membros da diáspora indiana, da região do Indus, que formam uma organização não lucrativa denominada TiE - The Indus Entrepreneurs, que está sedeada em Silicon Valley [nos Estados Unidos]", disse o futuro líder da delegação em Portugal.

O The Indus Entrepreneurs (TiE), a Câmara Municipal de Lisboa e a Startup Lisboa vão organizar o TiE Lisbon Entrepreneur Boot Camp, na quarta-feira, em Lisboa, na sede da autarquia, que culminará com o lançamento oficial do TiE Portugal.

terça-feira, julho 10, 2012

Portugal/China: Parceiras da Galp e Ren entre as dez maiores multinacionais do mundo


As parceiras chinesas das empresas portuguesas Galp e Ren - a Sinopec e a State Grid, respecivamente - estão entre as dez maiores companhias do planeta, segundo a classificação da revista norte-americana Fortune divulgada hoje.

Na última lista anual da Fortune 500, elaborada em função das receitas de 2011, a China ascendeu ao segundo lugar, com 73 empresas, mais doze do que em 2010 e mais cinco do que o Japão, que passou para a terceira posição.
Além da Sinopec e da State Grid, que ocupam o 5.º e o 7.º lugares, respetivamente, há outra empresa estatal chinesa entre as dez maiores, a China National Petrolium (6.º lugar).

Há uma década, havia apenas 11 empresas chinesas na Fortune 500, realçou a revista.
A lista deste ano é encabeçada pela anglo-holandesa Royal Dutch Shell, cujas receitas aumentaram 28,1% em 2011, para 484,5 mil milhões de dólares (394,5 mil milhões de euros).

No último ano, a State Grid comprou 25% da Ren (Redes Energéticas Nacionais) por 287 milhões de euros e a Sinopec investiu 4,8 mil milhões de dólares (3,81 mil milhões) na Petrogal Brasil.
Uma outra empresa chinesa, a China Three Gorges pagou ao Estado português 2,7 mil milhões de euros por 21,35% do capital da EDP, tornando-se o maior acionista da elétrica portuguesa.

"Foi um facto não frequente na União Europeia e que mostra a diferença de Portugal: três grandes companhias chinesas conquistaram posições em grandes companhias portuguesas, num processo transparente e competitivo, em que ganhou quem apresentar a melhor proposta", salientou, na semana passada, em Pequim o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas.

quinta-feira, julho 05, 2012

Empresa canadiana investe até 66 milhões na mina de ouro de Jales


O consórcio composto pela empresa canadiana, Almada Mining, e pela EDM - Empresa de Desenvolvimento Mineiro, venceu o concurso para a exploração experimental da mina de ouro de Jales/Gralheira, em Vila Pouca de Aguiar, concelho de Vila Real.

De acordo com Carlos Caxaria, subdirector geral da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), das quatro empresas que apresentaram proposta, o consórcio da Almada Mining foi o que apresentou a oferta mais competitiva com um "preço três vezes superior" aos dos outros concorrentes.

O consórcio pretende investir até 66 milhões naquela mina de ouro, dos quais 26 milhões serão aplicados nos próximos três anos e os restantes 40 milhões serão aplicados já na fase de concessão definitiva, ou seja, se ao fim dos três anos se perceber que existe ouro suficiente para extrair e tornar a mina comercial.
"Ou é desta que ficamos com uma mina de ouro em Jales ou então é porque não temos mina", disse Caxaria, esta tarde na apresentação do vencedor do concurso, acrescentando que só nesta fase de exploração as duas empresas criarão 100 postos de trabalho diretos e 250 indiretos.

"Este é mais um passo para colocar o sector mineiro a contribuir para a economia nacional", disse ainda, lembrando que além dos empregos criados, o desenvolvimento deste sector traz investimento estrangeiro para Portugal, os impostos que são pagos por essas empresas, a exportação dos minérios e ainda "as royalties, se houver exploração".
Estas royalties, que são pagas ao Governo como uma espécie de taxa por terem a oportunidade de explorar solo português, poderá rondar "os 3% a 4% do valor do minério à boca da mina", adiantou Carlos Caxaria, acrescentando ainda que desse valor, cerca de 1% poderia ir para as autarquias.

Esta tarde foram também assinados quatro novos contratos de concessão de recursos minerais metálicos que no total representam um investimento de 6,8 milhões de euros por parte das empresas.
Destes quatro, três são para pesquisa de vários tipos de minérios, como ouro, prata, chumbo, zinco ou cobre, e estão situados nas áreas de Monte das Mesas, no Alentejo; em Arcas, no concelho de Chaves e ainda em Banjas, perto do Porto. E um deles é já para exploração. Esta mina de ouro, que se encontra numa fase mais avançada fica também em Banjas e será explorada também pela Almada Mining, a mesma empresa que ganhou Jales e que é detida pela candiana Petaquilla Minerals.
Segundo Caxaria, esta empresa investirá 2,3 milhões de euros nos três anos de exploração, um investimento que poderá crescer até aos 5,3 milhões de euros.

terça-feira, julho 03, 2012

Empresa canadiana estima 1,57 gramas de ouro por tonelada no Alentejo

A empresa canadiana Colt Resources, que desenvolve prospecções de ouro no Alentejo, indicou hoje que uma estimativa independente aponta para concentrações daquele metal na ordem das 1,57 gramas por tonelada, na zona de Boa-Fé (Évora).

Segundo a empresa canadiana, estes dados fazem parte da estimativa inicial de recursos, feita pela empresa independente SRK Consulting, para os depósitos da Chaminé e de Casas Novas, inseridos no projecto de prospecção de ouro na Boa-Fé, concelho de Évora.

Nestes dois depósitos, a SRK estimou que os recursos minerais (toda a jazida, incluindo a terra, rocha ou outros componentes) rondem os 4,23 milhões de toneladas, sendo a concentração de ouro indicada em 1,57 gramas por tonelada.

A Colt Resources, no mesmo comunicado, refere ainda que os dados desta empresa independente indicam que em "209 mil toneladas" adicionais a concentração de ouro estimada pode ser superior, atingindo as 2,36 gramas por tonelada.

Tendo em atenção estes indicadores, a empresa refere que as zonas com concentrações de ouro inferiores a 0,40 é que não devem ser exploradas.

Portugal na China está na moda. Há que aproveitar

Nas privatizações, as empresas chinesas foram até agora as grandes vencedoras. Portugal quer vender dívida à China. E quer as empresas portuguesas a venderem ao Império do Meio.
 
Lisboa está a 9.800 quilómetros de Pequim. Entre as duas capitais há sete horas de diferença. Portugal tem 10 milhões de pessoas. A China tem 1,3 mil milhões. Só em Pequim e Xangai vivem perto de 20 milhões. Há mais de 100 cidades com mais de um milhão de pessoas. Há uma classe média de 200 milhões de pessoas. A economia cresceu no último ano cerca de 9%.

China: Um ministro cristão “muito importante” de Portugal no Templo do Céu

O ministro dos Negócios Estrangeiros visitou o Templo do Céu antes de dar início às reuniões oficiais com o Governo da China. O cristão Paulo Portas cumpriu os costumes locais e foi considerado um ministro “muito importante” pelo homólogo chinês.

Na China, sê chinês: os costumes locais recomendam uma visita ao Templo do Céu, para garantir boa sorte, e Paulo Portas cumpriu essa indicação. No primeiro de quatro dias dedicados a reuniões oficiais, o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal seguiu os preceitos e a primeira recompensa veio pouco depois, quando reuniu com o homólogo chinês.

Na Ásia, tão importante como o que se diz é a forma como se diz. Yang Jiechi seguiu as regras protocolares do discurso, mas considerou que “o senhor Ministro é muito importante”, com outros elogios, dando a entender que o governante português está a ser recebido com atenção por parte das autoridades do Império do Meio.
O ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou que a China está interessada numa “cooperação estratégica com Portugal a nível global”, revelando que a segunda maior economia do mundo está atenta ao que se passa na ponta da Europa: “o senhor Ministro e o seu Governo fizeram grandes esforços na área da economia e gostaríamos de dar votos de sucesso para as vossas reformas”.
O homólogo português agradeceu e prometeu a “reafirmação do interesse na parceria estratégica com a China”, lembrando que esse interesse não é de agora, pois “as relações entre os dois países são centenárias e sem conflitos”.

Chinesa State Grid vai investir 12 milhões num centro tecnológico em Portugal

A empresa chinesa State Grid tenciona investir 12 milhões de euros na criação de um centro tecnológico em Portugal, de acordo com um memorado de entendimento assinado hoje com a REN -Redes Energéticas Nacionais.
"É uma oportunidade para termos conhecimento, tecnologia e colaboração entre empresas e universidades, através de uma grande companhia internacional que aposta em Portugal", disse o ministro português de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, após a assinatura do memorando.
Foi um dos dois acordos assinados hoje na sede da State Grid, em Pequim, pelos presidentes da REN e da State Grid International, Rui Cartaxo e Zhu Guangchao, respectivamente, e contou também com a presença do líder daquele grande grupo estatal chinês, Liu Zhenya.

Com cerca de um milhão e meio de trabalhadores, a State Grid é considerada uma das dez maiores empresas do mundo, e este ano comprou ao Estado português 25% do capital da REN por 287 milhões de euros.
Além do valor estimado do investimento, o anunciado centro tecnológico "tem sobretudo a importância de abrir um espaço de colaboração às empresas, às universidades e aos estudantes portugueses nas áreas da energia em que Portugal é mais competitivo e moderno", salientou também Paulo Portas.

O outro memorando de entendimento assinado hoje entre os presidentes da State Grid International e da REN diz respeito à criação de empresas mistas de consultoria no Brasil.

Portas iniciou no sábado passado em Xangai uma visita de oito dias à China, a primeira de um ministro do actual Governo português, acompanhado por mais de cinquenta empresários.

Hoje de manhã (hora local) encontrou-se com o homólogo chinês, Yang Jiechi, e na quarta-feira às 10.30 (03:30 em Lisboa) vai encontrar-se com o "número dois" do Governo, o vice-primeiro-ministro executivo, Li Keqiang.

segunda-feira, julho 02, 2012

Portugueses inventam seringa a laser sem agulha

Uma seringa a laser, sem agulha, está a ser desenvolvida em Coimbra e deve chegar ao mercado dentro de um ano, anunciou Carlos Serpa, um dos investigadores envolvidos, nesta segunda-feira. O Laserleap (seringa a laser) é um sistema em nada semelhante às tradicionais seringas com agulha, mas que, tal como estas, permite fazer chegar o medicamento ao destino pretendido, só que sem picada e recorrendo a laser.

O protótipo da "seringa" foi hoje apresentado na Universidade de Coimbra (UC), onde o projeto nasceu, em 2008, por um grupo de três investigadores do Departamento de Química, que inclui também Luís Arnaut e Gonçalo Sá.

Aguarda patente internacional e deve chegar ao mercado em 2013
Através do laser, é criada uma onda de pressão que, ao chegar à pele, gera uma "espécie de tremor de terra", deixando-a "durante alguns segundos permeável", o que facilita a aplicação do fármaco, administrado em creme ou gel, explicou Carlos Serpa. O fármaco "surte efeito mais rapidamente, nomeadamente no caso dos analgésicos tópicos", acrescentou.

Aplicações no tratamento do cancro da pele e de determinadas doenças dermatológicas, administração de vacinas ou aplicações em cosmética são algumas das utilizações da tecnologia Laserleap. Testado em três dezenas de estudantes do Departamento de Química, o sistema "não provoca dor nem vermelhidão", de uma maneira geral - "apenas 5% dos casos, mas passa rapidamente" - e é considerado "seguro para os humanos".

Vencedor da primeira edição do prémio RedEmprendia (2010), no valor de 200 mil euros, o Laserleap, levou já à criação de uma empresa - LaserLeap Tecnologies, em setembro de 2011, e atualmente incubada no Instituto Pedro Nunes - e a um pedido de patente internacional, em abril de 2011.
Ainda recentemente, o projecto venceu o desafio internacional lançado no Photonics West 2012, um dos maiores encontros científicos do mundo na área da fotónica.
A RedEmprendia é uma associação criada com apoio do Grupo Santander e orientada para o empreendedorismo, que congrega 20 universidades ibero-americanas - em Portugal, as Universidades de Coimbra e do Porto.

Durante a apresentação do protótipo, o presidente da RedEmprendia, Senen Barro, classificou o projeto português de "excepcional". "A qualidade de vida de muitas pessoas pode mudar radicalmente" com a nova seringa, considerou.

MENE promete que Passos visitará China para ajudar a criar "relação especial"

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, está a planear visitar a China em 2013, anunciou hoje em Xangai o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (MENE), Paulo Portas. "Queremos estabelecer uma relação especial com a China", disse Paulo Portas na abertura do seminário "Caminho das Exportações", com a presença de cerca de uma centena de empresários dos dois países. O discurso assinalou o início do programa da visita oficial do ministro português à China, que decorre até domingo.

Paulo Portas diz que Portugal "está aberto ao investimento chinês e quer aumentar as exportações portuguesas para a China".
O ministro português saudou a participação de duas grandes empresas chinesas no programa de privatizações de Portugal: a China Three Gorges, que adquiriu 21,35% do capital da EDP, e a State Grid, que comprou 25% da REN - Redes Energéticas Nacionais.
O investimento chinês "é uma poderosa ajuda à internacionalização das empresas portuguesas", constatou.
O ministro português salientou também que Portugal é um país da zona euro que "se preocupa com a disciplina e cumpre os seus acordos".

Portas, enalteceu também os sucessos alcançados fora do país por uma nova geração de empresários, afirmando que "no século XXI, navegar é ser empreendedor". "Emigrar por tristeza com o nosso país, acho que não seria um bom sinal, mas internacionalizar, para poder fazer um negócio, um doutoramento, casar ou fazer durante algum tempo um projecto de vida, isso abre acabeça às pessoas e é extraordinariamente útil para Portugal", disse.

Paulo Portas falava no final de um almoço no Scioko, um restaurante aberto há duas semanas por quatro jovens portugueses num novo parque tecnológico de Xangai e que pretende "reinventar o fast-food" através do cachorro, um petisco ainda exótico na China. A visita ao restaurante, que não fazia parte do programa inicial, foi decidida depois do ministro português ter chegado a Xangai, no sábado à noite. "Pedi para vir aqui porque acho que os portugueses precisam de conhecer estas histórias cheias de esforço, de mérito e bem sucedidas de jovens que conseguem triunfar em circunstâncias difíceis", disse Portas.
Estes sucessos são, segundo o ministro, "um banho de auto-estima nacional por Portugal" e "um exemplo absolutamente extraordinário do que os portugueses no exterior são capazes de fazer".

O chefe da diplomacia portuguesa reafirmou o que dissera horas antes: "Temos aqui uma enorme reputação histórica. Se aliarmos a isso o vanguardismo económico somos muito bem recebidos e temos um enorme potencial à nossa frente", acrescentou.

Depois da visita àquele restaurante, Paulo Portas esteve no Centro de Investigação da Huawei, uma das maiores multinacionais chinesas, fabricante de equipamentos de telecomunicações, que abriu este ano em Lisboa um centro tecnológico.
Portas vai ainda hoje encontrar-se com o vice-presidente da Câmara de Xangai com o pelouro dos Assuntos Financeiros, Tu Guangshao, e depois visitará duas empresas, uma das quais portuguesa.
O ministro segue à tarde para Pequim, onde permanecerá até sexta-feira de manhã.

sexta-feira, junho 29, 2012

Exportações: caminho aberto para a carne portuguesa na Rússia


O Ministro de Estado e Negócios Estrangeiros (MENE) conseguiu abrir portas para a exportação da carne portuguesa para a Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão.

O desbloquear das exportações da carne nacional para a Rússia era o principal objetivo da visita de Paulo Portas, hoje, a Astana, capital do Cazaquistão. Porque estas exportações encontravam-se dependentes de uma tripla autorização, que tem que ser conseguida junto das autoridades de Moscovo, Minsk e Astana.
A partir desta decisão, as exportadoras portuguesas de carne terão acesso a um mercado potencial de 170 milhões de consumidores.

De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) estes três países - Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão - têm uma união aduaneira, "o que significa que o acesso a um destes mercados siginifica o acesso a todos, ao contrário, havendo objecções por parte de um deles, isso é o bastante para bloquear as exportações para todos".
O MNE refere ainda que há vários anos que Portugal tentava desbloquear a falta de autorização por parte das autoridades do Cazaquistão, o que agora foi possível.
As autoridades do Cazaquistão credenciaram 44 empresas para poderem exportar "não apenas para aquele país como para todo o mercado regional".

Paulo Portas fez esta visita relâmpago de 24 horas a Astana acompanhado por um grupo de 15 empresários com interesse naquele mercado, numa missão organizada pela AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo. Os sectores empresariais mais representados eram o farmacêutico, e-governance, energia, ambiente e vinho.

O MENE fez ainda uma intervenção na abertura do 2º Seminário Empresarial Cazaquistão - Portugal, que decorreu em Astana, e durante a qual defendeu o reforço das relações comerciais entre os dois países, neste momento bastante desequilibradas a favor das importações do Cazaquistão.
Portas defendeu uma relação económica “win-win” entre os dois países, apelando a que seja facilitado o acesso de empresas portuguesas a oportunidades de negócio no Cazaquistão.

No âmbito desta visita foi ainda assinado um Memorando de Entendimento entre a AICEP e a sua congénere do Cazaquistão, tendo em vista uma maior cooperação que venha a facilitar as relações económicas e comerciais entre os dois países.

segunda-feira, junho 25, 2012

Exportações: Nova empresa luso-chinesa à conquista das "cidades de segunda e terceira linha"


Vinhos, azeite e outros produtos portugueses vão começar a ser distribuídos ainda este mês por 150 supermercados da próspera província chinesa de Zhejiang, na costa leste do país, assinalando o início das operações de uma nova empresa luso-chinesa.

"A distribuição, na China, tem sido um problema e por isso criámos uma empresa de raiz, com um parceiro chinês que é muito ocidentalizado", disse Rui Oliveira, presidente da Premium European Food Distributors, com sede em Ningbo, um dos maiores portos da China.

"O primeiro contentor, que já está todo vendido, chega já esta semana e até ao fim do ano esperamos receber mais cinco", adiantou o empresário, um engenheiro e gestor do Porto, nascido em 1979 e radicado há três anos naquela cidade chinesa.

quarta-feira, junho 20, 2012

Mariza vai actuar no cartaz cultural dos Jogos Olímpicos de Londres


A fadista Mariza estará entre milhares de artistas das 204 nações em competição nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em Londres, que actuarão num grande festival cultural que arranca quinta-feira e decorre até 9 de Setembro, no Reino Unido.

Mariza actuará dia 21 de Julho, no palco Europa do BT River of Music, um evento de música de entrada gratuita, à beira do rio Tamisa, que terá lugar no fim-de-semana que antecede o início das olimpíadas, a 27 de Julho.

Ao todo, os organizadores têm programados 12 mil eventos com a participação de mais de 25 mil artistas, incluindo alguns mais conhecidos como Gilberto Gil, Yoko Ono, Damon Albarn, Cate Blanchett, Jay Z e Florence and the Machine, entre outros.
Apesar de ser centrado em Londres, o festival será distribuído por 900 recintos, em todo o Reino Unido, e inclui 137 estreias mundiais e 85 estreias britânicas.

A abertura será feita em Edimburgo, num concerto ao ar livre com Gustavo Dudamel e a Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela, à qual se juntará um grupo de jovens músicos locais.

Este festival é o culminar das Olimpíadas Culturais, que começaram no país em 2008, para celebrar a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos em Londres e que abrangem outros eventos paralelos.

Os autores lusófonos presentes serão Rosa Alice Branco (Portugal), Ana Paula Tavares (Angola), Conceição Lima (São Tomé e Príncipe), Ana Mafalda Leite (Moçambique) e Corsino Fortes (Cabo Verde), Teresia Teaiwa (Timor Leste), Doina Ioanid (Guiné Bissau) e Paulo Henriques Britto (Brasil).

terça-feira, junho 19, 2012

Fabricante do Magalhães prepara venda de 40 mil computadores no Perú


A empresa portuguesa JP Sá Couto está próxima de fechar um negócio no Perú para a venda de 40 mil computadores da marca Magalhães, que serão fornecidos ao Ministério da Educação peruano, provavelmente com outro nome.

Em Lima, João Paulo Sá Couto, administrador da JP Sá Couto, adiantou que este negócio vai ser feito em parceria com uma empresa peruana e tem um valor estimado entre 8 e 10 milhões de dólares.

A JP Sá Couto é uma das cerca de 50 empresas que se encontram em Lima para participar num encontro empresarial organizado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que hoje de manhã contou com a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

"Este será o nosso primeiro negócio aqui no Perú. Já tínhamos alguns contactos com empresas peruanas, e esta visita agora permitiu-nos consolidar essas ligações e, talvez, concretizar este negócio", afirmou Sá Couto. "Achamos que o Perú tem grandes potencialidades", acrescentou.

Actualmente, mais de dois terços da facturação da JP Sá Couto provêm de exportações, a maior parte para países da América Latina, como a Argentina ou a Venezuela, referiu.
"Temos crescido, em contraciclo face à crise na Europa, graças aos mercados fora da Europa", resumiu Sá Couto.

Universidade Nova é das melhores do mundo em Finanças

Mestrado em Finanças da escola de negócios da Nova School of Business and Economics (Nova SBE)integra lista dos melhores programas do mundo do Financial Times (FT).

Pela segunda vez consecutiva, este programa integra o ranking mundial do FT, estando agora na 21ª posição numa lista de 35 escolas de negócios, o que representa uma subida de oito posições face à classificação do ano passado. A estreia nesta tabela deu-se em 2011.

O ranking é encabeçado pela francesa HEC Paris, seguida da espanhola IE Business School.

Em termos de exposição internacional dos alunos - um dos vários critérios analisados pelo FT -, o mestrado na Nova SBE é líder mundial.

Segundo a escola portuguesa, este reconhecimento resulta da diversidade de nacionalidades do corpo docente e dos alunos, bem como das viagens e visitas de estudos a outros países que integram o programa.

sábado, junho 16, 2012

Construção, pescas e turismo na agenda iraniana em Portugal


Missão com 24 empresários, oriunda da província mais a Sul do Irão, com 1100 quilómetros de costa no Golfo Pérsico, procuram durante dois dias parceiros na região Norte portuguesa, a mais exportadora do País.

Pela terceira vez nos últimos três anos, um grupo de empresários do Irão está em Portugal para apresentar as potencialidades de investimento naquele país de 73 milhões de habitantes (e que faz fronteira com sete nações), e reunir-se directamente com perto de uma centena de firmas nacionais, que estão a tentar diversificar os mercados de exportação para “fugir” da Europa.

Para a missão de negócios que hoje arrancou – e que foi acolhida nas instalações da Associação Empresarial de Portugal (AEP), no Porto – viajaram oito empresas do sector da construção, quatro de engenharia, duas industriais, uma de mineração, quatro do ramo agro-alimentar e cinco ligadas ao turismo.

Depois de, nas anteriores iniciativas, concentrar esforços nas duas maiores cidades do Irão, a AEP escolheu desta vez a província de Hormozgan, que o presidente da associação empresarial, José António Barros, disse ter algumas “similaridades” com o Norte de Portugal no que toca ao seu tecido económico, desde logo pela aposta crescente nos recursos marítimos e na economia do mar.
Barros resumiu que as oportunidades que este grupo de empresários iranianos trouxeram desta vez a Portugal passam, por um lado, pela pesca, aquacultura, mariscos e extracção de minerais, mas também pelo turismo, pela construção, pelo portos e pelas energias renováveis.

Está a ser feito um grande investimento na construção, já que estão a ser construídas naquela região 56 mil casas. Não são oportunidades para as empresas de construção, porque isso eles fazem, mas para a fileira dos materiais de construção e dos isolamentos”, apontou o responsável empresarial, lembrando a potencialidade da cortiça em virtude do clima.

"Roubar" tecnologia do Porto de Leixões
A acompanhar os empresários vieram igualmente os presidentes do porto de Shahid Rajaee, que tem uma área total de 2400 hectares, e também da autoridade portuária daquela região, que está virada para o Golfo Pérsico. No sábado, vão ter contactos com os responsáveis do Porto de Leixões, uma vez que, apesar de terem um porto “dez vezes maior”, não está tão actualizado tecnologicamente como a infraestrutura portuguesa.

A missão portuguesa no Irão, que terá um terceiro capítulo multifileiras em Outubro, faz parte do programa “Business On the Way”, que integra 41 missões empresariais e feiras no estrangeiro durante 2012. Apenas oito são na Europa, o que o presidente da AEP justifica como uma vontade expressa das suas associadas em diversificar as vendas ao exterior. E que explica com os números do comércio internacional português no primeiro quadrimestre: o contributo extra-comunitário para o crescimento das exportações foi um aumento de 26%, contra apenas 3% no Velho Continente.

terça-feira, junho 12, 2012

Cooperação entre Portugal e Cabo Verde alargada à ciência, tecnologia e empreendedorismo

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português disse hoje que o plano de cooperação com Cabo Verde, que está em fase final de negociação, será alargado às áreas da ciência, tecnologia e empreendedorismo.
"Há inovação nas áreas setoriais abrangidas. Estamos atentos às necessidades de desenvolvimento de Cabo Verde e, por isso, vamos apostar em áreas que vão ser decisivas para o crescimento e desenvolvimento de Cabo Verde nos próximos anos. São a capacitação científica e tecnológica e o apoio ao empreendedorismo e ao desenvolvimento empresarial", disse Luís Brites Pereira.


Adiantou ainda que se mantém o apoio aos tradicionais setores da cooperação portuguesa com Cabo verde, nomeadamente saúde, educação e cooperação técnico-policial.

Brites Pereira falava hoje aos jornalistas à margem do seminário Portugal-Cabo Verde, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa, e contou na sessão de abertura com a presença do presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, que cumpre o segundo dia de uma visita de Estado a Portugal.

O secretário de Estado adiantou que o Plano Indicativo de Cooperação (PIC) com Cabo Verde, que vigorará até 2015, está em fase final de negociação, devendo estar pronto para assinar depois do verão, mas escusou-se a avançar os valores do plano.

Questionado sobre se o Governo português está disponível para manter o esforço de cooperação com Cabo Verde, como pediu o chefe de Estado cabo-verdiano, Brites Pereira garantiu que o executivo "está atento e a tentar corresponder a esse apelo".

Embraer arranca com produção em Évora


A construtora aeronáutica brasileira Embraer anunciou hoje que a produção nas suas duas novas fábricas em Évora arranca já "em meados de julho", embora a inauguração das unidades esteja marcada para 21 de setembro.
"Devemos iniciar a produção agora, em meados de julho" para "fazermos as primeiras entregas ainda este ano para o Brasil", revelou Paulo Marchioto, responsável pela Embraer Portugal.

O anúncio da construtora brasileira foi feito hoje durante uma visita para jornalistas às duas novas unidades industriais, localizadas no parque aeronáutico de Évora.

A Embraer está a construir, desde novembro de 2010, duas fábricas em Évora, uma dedicada a estruturas metálicas (asas) e outra a materiais compósitos (caudas). De acordo com a empresa, o investimento inicial nas duas fábricas ronda os 180 milhões de euros, contando já com 78 trabalhadores dos setores da engenharia e produção.

Em 2015, ano apontado para a "velocidade de cruzeiro" da produção, o número de trabalhadores deve aumentar para cerca de 400.

Segundo Marchioto, os primeiros componentes a serem fabricados em Évora, em materiais compósitos, destinam-se às caudas do avião executivo Legacy 450.
"Vamos fazer os estabilizadores horizontal e vertical", indicou, explicando que estes componentes seguem depois para as linhas de montagem no Brasil.
Outros componentes, a serem fabricados em Évora, vão equipar o avião Legacy 500 e o KC-390.
O projeto KC-390 prevê a construção de aeronaves de combate com capacidade de reabastecimento em voo para a Força Aérea Brasileira (FAB), numa parceria entre a fabricante brasileira Embraer e as portuguesas OGMA (Indústria Aeronáutica de Portugal) e EEA (Empresa de Engenharia Aeronáutica).

segunda-feira, junho 11, 2012

Aicep: Exportações são "verdadeira locomotiva" da economia


O presidente da AICEP, Pedro Reis, afirmou hoje que as exportações de bens aumentaram 9,7% de janeiro a abril, face a igual período de 2011.
"O crescimento das exportações de bens em quase 10% no primeiro quadrimestre do ano é indiscutivelmente uma boa performance, que mostra que as empresas portuguesas estão a resistir ao pessimismo e são a verdadeira locomotiva da economia portuguesa", disse o responsável pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Pedro Reis disse também que nos quatro primeiros meses o comércio de bens intracomunitário aumentou 4,3% e as exportações para fora da União Europeia (UE) subiram 26,8% em termos homólogos.

Privatizações: Secretária de Estado do Tesouro inicia segunda-feira visita à China


A secretária de Estado do Tesouro e Finanças, Maria Luís Albuquerque, inicia na segunda-feira uma visita à China, país que mais do que duplicou o investimento no estrangeiro no primeiro trimestre, para 17 mil milhões de euros.

Durante a visita, a governante vai encontrar-se com responsáveis do ministério chinês das finanças e das empresas China Three Gorges e da State Grid, que recentemente se tornaram acionistas da EDP e da REN - Redes Energéticas Nacionais, respectivamente.
Maria Luís Albuquerque será acompanhada por um representante do Instituto de Gestão do Crédito Público, disse fonte diplomática em Pequim.

quarta-feira, junho 06, 2012

Cada aluno do Ensino Superior custou 5841 euros no ano 2010/2011

in JN

Sugere-me um comentário. Urge mudar as regras no ensino superior. Lembro-me bem como as bolsas são atribuidas. Muitos dos que mais tinham era quem recebia as melhores bolsas.

Mas isto é apenas um áparte.

Parece-me perfeitamente lógico que o funcionamento e o financiamento estatal às universidades precisa de alterações.

Não faz sentido que o estado financie universidades tendo em conta o número de alunos, isso promove como vemos a criação de inúmeros cursos que não têm qualquer sentido, variações de nomes e conteúdos mínimos que promovem sabe-se lá o quê.

1 - os cursos deveriam ser organizados em troncos únicos e apenas nos mestrados deverá existir uma maior especialização.

2 - pergunto-me a necessidade da existência de bolsas, quando muitas delas têm como valor total apenas o valor total das propinas. seria muito melhor existir um sistema de isenções para estes casos, poupa sobretudo burocracia e recursos.

3 - Cada curso tem custos muito diferentes por aluno. Uma diferenciação de propinas seria a solução mais justa. A partir desse momento cada um pagaria efectivamente o custo do seu curso. Isso é especialmente visível por exemplo em medicina. Paga o mesmo que um aluno de história e ainda tem emprego garantido.

4 -  Para mim o mínimo denominador comum é simples. Ninguém deverá ficar impedido de tirar um curso por dificuldades financeiras e as bolsas não deverão ser cortadas apenas porque se chumba um ano. Devem ser estabelecidos limites de tempo e mínimos de aproveitamento mas que possam incluir o chumbo que pode sempre acontecer.

terça-feira, junho 05, 2012

Paulo Portas inicia visita de cinco dias aos EUA


O ministro dos Negócios Estrangeiros português inicia hoje uma visita de cinco dias aos Estados Unidos (EUA) para participar nas comemorações do Dia de Portugal e para encontros com políticos e empresários em Boston, Washington e Houston.

A visita arranca hoje em Boston, estado do Massachusetts, com um jantar com empresários, políticos, altos funcionários, lobistas, diretores de museus e bibliotecas e académicos, segundo o programa divulgado hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Na terça-feira, Paulo Portas toma o pequeno-almoço com o núcleo Luso-Americano da Assembleia Legislativa (State House) de Massachusetts, incluindo os senadores de origem portuguesa Marc Pacheco e Michael Rodrigues e os representantes estaduais António Cabral, John Fernandes, David Vieira, Kevin Aguiar e Viriato de Macedo.

Segue-se a sessão comemorativa do Dia de Portugal na Câmara dos Representantes da Assembleia Legislativa, uma tradição com quase três décadas que anualmente homenageia os portugueses e luso-descendentes que se destacaram.

Portas tem ainda prevista uma reunião com o governador do estado de Massachusetts, Deval Patrick, e uma visita ao Massachusetts Institute of technology (MIT), que desenvolve um programa de cooperação científica com Portugal.
Durante a visita ao MIT, o chefe da diplomacia portuguesa proferirá, para uma plateia de empresários e líderes da comunidade portuguesa, uma palestra sobre "A Perspetiva Portuguesa no Atual Contexto Europeu".
O programa do ministro em Boston termina com um encontro com a direção da Portuguese-American Post-Graduate Society.

Na quarta-feira, já em Washington , Paulo Portas participa numa conferência no European Institute, seguindo-se encontros com o Senador Patrick Toomey, um dos presidentes do grupo "Friends of Portugal", com o porta-voz da Câmara dos Representantes, John Bohener, e com os senadores Jack Reed e John Kerry.
Ao final do dia, depois de um encontro com membros do Portuguese-American Caucus, o MNE português janta com congressistas.

Quinta-feira, em Houston, Texas, o dia é dedicado às questões da energia, com Paulo Portas a participar num almoço de trabalho na sede da empresa EDP Renováveis, seguido de uma visita às instalações.
Segue-se uma palestra no Baker Institute of Public Policy sobre o caso de Portugal no contexto da atual "encruzilhada" europeia.
Na sexta-feira, Paulo Portas participa num pequeno-almoço com membros da comunidade portuguesa de Houston, seguindo-se uma visita à "The Menil Collection" e um debate com empresários da indústria do gás e com membros do Instituto Rice.

Depois de um encontro com o mayor de Houston, Paulo Portas reúne-se com professor Ronald de Pinho e com o responsável pelos Global Academic Programs, Oliver Bogler.

segunda-feira, junho 04, 2012

O maior investimento estrangeiro de sempre em Portugal pode nascer nas minas de Moncorvo

Nestas minas ricas em ferro pode nascer o maio investimento estrangeiro em Portugal

O essencial das negociações entre o Governo e a multinacional anglo-australiana Rio Tinto, para a exploração de ferro nas minas de Moncorvo, no Nordeste do país, está concluída e a assinatura do contrato está prevista para a semana entre 11 e 15 de Junho.

O contrato a assinar, que deverá representar o maior investimento estrangeiro alguma vez realizado em Portugal, assumirá a forma de "concessão experimental". Tecnicamente, a concessão experimental é uma fase intermédia até ao contrato de exploração final, e visa aprofundar o conhecimento do jazigo, que se admite ser um dos maiores da Europa.
A concessão experimental apresenta ainda outra vantagem, que é a de permitir adiar as licenças e os estudos finais de impacte ambiental para a fase em que há certeza absoluta de que a riqueza é compatível com o investimento necessário. Esta concessão intermédia permite, assim, diminuir o risco do investimento, que, tendo como referência outras explorações semelhantes a nível mundial, poderá ultrapassar os mil milhões de euros.

O grosso do investimento no coração de Trás-os-Montes só será feito na fase da concessão definitiva, o que deverá acontecer no prazo de cinco a oito anos. Durante a primeira fase de concessão, já haverá algum investimento, dado que será feita uma grande movimentação de materiais, a pré-concentração do minério à boca da mina e o seu transporte para tratamento definitiva.

Fonte conhecedora do processo disse que os estudos recentes sobre a qualidade do minério "são bastante animadores, apontando para uma mina de classe mundial". Animadora é também a evolução da cotação de ferro nos mercados internacionais, que continua em alta. A impulsionar a exploração está ainda a elevada dependência da Europa em relação a esta matéria-prima, superando os 90%, o que deixa várias indústrias europeias, incluindo a automóvel, na mão de fornecedores internacionais.
O Ministério da Economia (ME) não prestou ainda esclarecimentos sobre este assunto. A última posição oficial do ME sobre este projecto de investimento foi a de que "não comentava negociações em curso".

Dificuldades de escoamento
As negociações arrastam-se há mais de meio ano, por diversas questões, entre as quais os prazos de exploração experimental e o transporte do minério, que envolve quantidades elevadas, sendo uma componente importante para a rentabilização da exploração.

Na questão do transporte, uma das soluções equacionadas, e que está referenciada inclusive na página de Internet da MTI - a empresa de capitais portugueses e estrangeiros que detém a concessão de prospecção e pesquisa das minas de ferro de Moncorvo -, é o transporte fluvial, através do rio Douro.
Esta solução poderá estar afastada, pelo menos numa fase inicial, devido a limitações de navegabilidade do rio, que actualmente não comporta barcos com grande capacidade de carga.

Equacionada e também referida no site da empresa tem sido a construção de um mineroduto, canal de transporte de minério como existe para o gás ou para combustíveis, solução utilizada em vários países. Esta infra-estrutura, que poderia aproveitar parte da rede de auto-estradas, ligaria Moncorvo directamente ao Porto de Aveiro, com capacidade de atracagem de grandes navios de carga se forem realizados investimentos para o desassoreamento do Porto. De acordo com a informação da MTI, esta seria uma solução mais económica, permitindo elevada capacidade de escoamento.

Para já, a solução que poderá garantir o escoamento de minério na fase de exploração experimental será a ferroviária, o que implicará a construção de um troço, na antiga linha ferroviária do Sabor, entre Moncorvo e Pocinho, utilizando depois a já existente, no Douro, até ao Porto de Leixões ou até ao Porto de Aveiro. O Porto de Leixões tem condições de profundidade para a atracagem de grandes navios de carga, mas apresenta algumas limitações de capacidade, numa altura em que o alargamento do Canal do Panamá faz aumentar a navegação desse tipo de barcos no porto nortenho.

Uma soluções discutida no passado para o escoamento de mercadorias do Nordeste para Lisboa/Sines, mas também para Espanha, passava pela construção de uma ligação ferroviária do Pocinho a Vila Franca das Naves, permitindo a ligação à linha ferroviária da Beira Alta.
Durante as negociações entre a Rio Tinto, uma das três maiores mineiras a nível mundial, e o Governo terá sido equacionada a possibilidade de escoamento do minério via Espanha, solução que terá desagradado ao Ministério da Economia.

É de notar que foi o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, que no final de Outubro do ano passado referiu que estava a ser negociado um projecto de investimento estrangeiro que seria o maior alguma vez realizado em Portugal. Poucos dias depois, ficou a saber-se que a negociação envolvia a exploração das minas de Moncorvo e multinacional anglo-australiana, que está presente em mais de 20 países do mundo.