quarta-feira, junho 08, 2011

Privatizações

Não vos vou falar como técnico, como não sou; e até sem conhecimento de causa. Vou-vos simplesmente dar uma opinião, talvez insustentada acerca das privatizações possíveis e em muitos casos desejáveis, a fazer pelo estado português.

PT - Não faz sentido continuar com golden shares nem afins. Esta é uma empresa que faz parte do mercado, existe alguma concorrência e há que dispensar monolitismos.

EDP - Outro caso em que o estado nada deve ter a ver como accionista. Neste caso havendo um monopólio natural, mesmo sendo uma entidade privada tem de ter um contrato firme e bem delineado nos seus limites como serviço público que é. Há portanto ue dar meios e poderes a uma entidade reguladora que seja eficaz e forte.

Àguas de Portugal - O mesmo que o caso acima. Assim sendo é óbvio que a água em si não é um recurso privatizável mas a sua exploração pode ser contratualizável em prazos razoáveis e com controlo de entidades reguladoras.

CTT - outro caso que o estado nada tem que lá estar. Mais uma vez há sim que estabelecer claramente e com pesadas punições para as infrações o que é o regime de serviço público e os mínimos que tem de garantir

Empresas de Transportes - Neste caso haverá mais complexidade, ainda assim a verdade é que temos transportes pouco competitivos, senão vejamos que fica praticamente o mesmo preço ir de lisboa ao porto de carro ou comboio. Depois temos filhos e enteados, como normalmente acontece o estado governa Lisboa, os transportes em cidades como Coimbra não recebem um tostão furado do poder central. Terá de haver uma enorme reestruturação dos modelos e dar preferência ao modelo privatizado.

RTP e LUSA - Acho que faz todo o sentido existir um serviço público de televisão e de rádio. Não nos moldes como está hoje em que a RTP1 é na prática uma televisão com programação privada a concorrer deslealmente. Ou muda para um serviço público na realidade ou privatize-se o canal. RTP 2 e afins acredito que se devem manter. A LUSA faz de facto serviço público embora tenha sido instrumentalizada de mais pelo último governo. Ainda assim é o serviço que dá rosto e possibilidade a serem conhecidas outro tipo de notícias normalmente esquecidas pelos órgão nacionais. É de facto um órgão de próximidade às realidades locais. Daí acreditar que é um erro privatizar esse serviço.

TAP - Parece-me terceiro mundista um estado ter uma companhia aérea

ANA - Mais uma vez sendo um monopólio natural há que existir uma contratualização com estado em prazos razoáveis e serviços públicos bem definidos.

CGD - Outro caso em que acredito que não seria benéfico existir um abandono do estado deste banco. Isto porque mesmo acreditando num estado sobretudo regulador, a CGD pode ser um instrumento de intervenção na economia mais ágil que qualquer outro que passe por um processo regulatório ou legislativo. Essa capacidade de intervir directamente na economia pode ser importante em determinados casos daí a minha posição.

De facto é dificil seguir este rumo, onde se repostariam então o boys dos aparelhos dos partido?

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