terça-feira, janeiro 18, 2011

BES e Pastor desmentem negociações para fusão dos dois bancos

O Jornal Expansion noticiou hoje que o banco espanhol estava a negociar uma fusão com o Banco Espírito Santo.

O Pastor já negou a notícia avançada pelo jornal. Fonte oficial do Pastor, em declarações à Bloomberg, refere que a notícia é “absolutamente mentira”. Em comunicado à CNMV, o regulador espanhol, o Pastor “desmente claramente a existência das ditas negociações, e como consequência, a veracidade da informação”.

O BES negou também qualquer fundamento a esta notícia. "O BES informa que tal notícia não corresponde à verdade e desmente a existência de tais negociações", refere o banco em comunicado à CMVM.

Num comentário a estas notícias, o CaixaBI salienta que “estes dois bancos têm uma estrutura accionista bastante sólida, o que poderia potenciar e facilitar um contexto de eventuais negociações” e que “uma eventual veracidade desta notícia criaria um banco com cerca 114 mil milhões de euros de activos permitindo a ambos um reforço de escala e de influência geográfica ao mesmo tempo que mantinham a gestão da sua esfera de influência doméstica”.

O BES concretizou no ano passado a compra de 50% do negócio segurador (ramo vida) do Banco Pastor em Espanha e da gestora de activos Gespastor.

Sedes em Lisboa, Galiza e Madrid
A notícia de hoje, dá conta que foi o BES a sondar o Pastor sobre a possibilidade de uma fusão entre os dois bancos. O Jornal espanhol noticia que ambos os bancos iniciaram negociações nas últimas semanas, estando a estudar a possibilidade de criar um novo grupo na primeira metade deste ano.

Estaria já definido a repartição das sedes do novo grupo, com a gestão bancária em Espanha a ficar na Galiza, de fundos em Madrid e da unidade portuguesa e internacional em Lisboa.
A nova entidade teria activos de 133 mil milhões de euros, com o BES a representar três quartos do novo banco. O Expansion adianta que a integração teria que ser amigável, uma vez que o Pastor tem o capital “blindado”, sendo controlado em 40% pela Fundação Pedro Barrie de la Maza, onde Amâncio Ortega, da Inditex, é um dos maiores accionistas.

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