terça-feira, agosto 31, 2010

Felipe Oliveira Baptista é o novo Director Artístico da Lacoste

O criador de moda português radicado em França, Felipe Olivira Baptista, assume a partir de amanhã a direcção artística da conceituada marca Lacoste.

Segundo a marca, este criador "com o seu estilo moderno apresenta todas as qualidades indispensáveis para reinterpretar os valores da marca Lacoste".

Actualmente com 33 anos, Felipe é formado pela Kingston University e foi convidado para integrar o calendário oficial da Couture desde 2005. Desde 2009 apresenta as suas colecções na Semana da Moda de Paris e no Porto, com o apoio do Portugal Fashion.

O convite a este criador insere-se na nova estratégia da marca, anunciada em Junho, e que passa por dar uma nova expressão à marca e encontrar novas formas de crescimento.

A Lacoste está empenhada em lançar novas linhas de produtos como é o caso da Lacoste Live e rejuvenescer a sua colecção de sportswear Lacoste, apostando ainda fortemente nas linhas femininas, uma área na qual Felipe terá um papel importante "pela sua visão criativa e interpretação contemporânea da silhueta feminina".

segunda-feira, agosto 30, 2010

Timor-Leste e Cabinda

Por Orlando Castro
in Notícias Lusófonas


O ministro dos Negócios Estrangeiros de Timor-Leste, Zacarias da Costa, exprimiu a preocupação do seu país relativamente à obstrução por parte de Marrocos quanto à conclusão e prosseguimento do processo de descolonização do Sahara Ocidental. E Cabinda? Pelos vistos, em Díli ninguém sabe o que isso é.
Zacarias da Costa manifestou essa preocupação durante uma recepção ao embaixador saharaui acreditado em Dili, Mohammed Salama Badi, na sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros timorense.

O ministro referiu que o seu governo está "preocupado face aos contínuos obstáculos interpostos por Marrocos com vista a retardar o processo de descolonização e a recusa de Rabat em permitir ao povo saharaui de exercer o seu direito inalienável à autodeterminação, através da organização de um referendo livre e democrático."

As duas partes passaram igualmente em revista os últimos desenvolvimentos do conflito do Sahara Ocidental, nomeadamente as violações dos direitos humanos cometidos por Marrocos nos territórios saharauis sob ocupação marroquina e a pilhagem continua dos recursos naturais do território ocupado há mais de 35 anos por Marrocos.

No passado dia 1 de Junho, também o Presidente de Timor-Leste e Nobel da Paz, José Ramos-Horta, disse que Marrocos deve honrar os compromissos que assumiu com a comunidade internacional para realizar o referendo no Saara Ocidental.
Pena é que, no âmbito da Lusofonia, Ramos-Horta não tenha visão, ou conhecimentos, sobre o que se passa na colónia angolana de Cabinda.

Será que alguém o pode elucidar? Ou será que Ramos-Horta pensa como o seu homólogo português, Cavaco Silva, que Angola vai de Cabinda ao Cunene?
Por pensar como Ramos-Horta é que a Indonésia considerava que Timor-Leste era uma sua província. Certo?
O Presidente da República timorense salientou na altura que “o problema do Saara Ocidental já se arrasta há mais de 30 anos”.

Exactamente. Tal como o de Cabinda que começou em 1975 quando Portugal rasgou os acordos que tinha com o povo de Cabinda. Rasgou-os mas não conseguiu que fossem esquecidos por muitos. Muitos onde, apesar de uma causa semelhante, não consta infelizmente José Ramos-Horta.

Timor-Leste libertou-se em 1999 e restaurou a sua independência em 2002, mas a questão do Saara que tem similaridade histórica e à luz do Direito Internacional, continua por ser resolvida”, observou o Presidente timorense.
E que tal Ramos-Horta pedir ajuda aos seus preclaros assessores para perceber que, afinal, Cabinda está ao mesmo nível do Saara e de Timor-Leste?

É natural que Ramos-Horta não saiba a história de Angola e de Cabinda, ou apenas conheça a versão do regime do MPLA. Se, por exemplo, os mais altos representantes políticos de Portugal nada conhecem, ou fingem não conhecer, da história do seu país, é natural que o presidente timorense também seja ignorante nesta, como noutras, matérias.

Resta a certeza de que, um dia destes, ainda vamos ver Cavaco Silva e Ramos-Horta, entre muitos outros, entre quase todos, a dizer também que devido a uma mudança no contexto geopolítico, Cabinda não é Angola e o Tibete não é China.

sexta-feira, agosto 27, 2010

São Tomé: Primeiro-ministro diz que Portugal e Angola estão em pé de igualdade

in Notícias Lusófonas

O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, disse hoje que a cooperação com Portugal e Angola deve ser colocada em pé de igualdade como outros parceiros do arquipélago.

Se todos são parceiros estratégicos, todos são iguais (…) é uma politica de vantagem comparativa e de selecção, o que de facto interessa mais fazer com esse ou aquele parceiro. Angola, Portugal, Taiwan, Nigéria são países nossos amigos”, disse o chefe do executivo são-tomense, durante uma entrevista à televisão pública são-tomense, que está a ser emitida também pela Rádio Nacional do país.

O que é preciso do nosso lado é saber olhar para Portugal e dizer o que é que Portugal sabe fazer e o que é que nós devemos oferecer a Portugal”, acrescentou o primeiro-ministro eleito no início deste mês.

Trovoada defendeu a integração do sector nacional da cooperação internacional no Ministério das Finanças como “uma renovação” na orgânica do seu Governo, destinada a dar maior “eficácia” a acção governativa.
O que sustenta toda essa nova orgânica é dar um pouco mais de eficácia, menos dispersão, reduzir alguns custos e percebermos muito melhor aquilo que se passa no nosso país”, explicou.

Infelizmente nós temos muitas ilhas e essas ilhas correspondem a muitos sacos azuis, há muitos recursos dispersos e era necessário termos melhor percepção de todo esse potencial”, acrescentou o primeiro-ministro são-tomense, para quem a luta contra a corrupção é “o objectivo primordial” da acção governativa.
Durante a campanha, denunciámos a situação económica do país, mas ela está pior do que esperávamos. Vamos tomar algumas medidas sem precipitação, mas com firmeza”, afirmou Trovoada, elegendo a agricultura, a pesca e o turismo como os “sectores que podem trazer riqueza e emprego”.

No início do mês, Trovoada defendeu que os parceiros estratégicos de cooperação não deviam limitar-se a Portugal e Angola, e anunciou que iria apostar nas relações com países da sub-região e do Médio Oriente. Adiantou ainda que está convencido de que “o que importa para a diplomacia são-tomense” e para a defesa dos seus interesses, “é alargar o leque de amigos".
Relativamente aos parceiros tradicionais de cooperação, Portugal e Angola, Trovoada disse que, depois dos primeiros 100 dias de governação, contactará os parceiros tradicionais com “novas propostas” que acredita serem “mais adaptadas à situação em que se encontra o país”.

Trovoada deseja clarificar as diferenças entre o actual Governo e o de Rafael Branco, do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP-PSD).
"O MLSTP dizia que Angola e Portugal eram os parceiros estratégicos. Nós pensamos que parceiros estratégicos são vários. Tudo depende do que cada um pretende com cada um dos parceiros”, defendeu.
A complementaridade virá, defendeu, da sub-região, que acredita ser “uma das saídas para o crescimento económico” do país.
Por isso estamos a olhar para o Gabão, Guiné-Equatorial, Nigéria, Camarões, Congo”, disse.
Outros parceiros são os países do Médio Oriente e o conjunto BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

[Repare-se no comentário que aqui deixei em 24 de Agosto último. A ver vamos...]

Universidades dos Açores e Lesley celebram Língua Portuguesa

in Notícias Lusófonas

A celebração da língua portuguesa na América do Norte é o tema central de uma série de iniciativas que começam sexta-feira na cidade norte-americana de Fall River, promovidas pelas universidades dos Açores e de Lesley, EUA.
As iniciativas incluem um congresso internacional sobre o ensino do português, um almoço com pratos típicos de Portugal, Cabo Verde, Brasil e Angola e a realização de uma Feira do Livro, no Kennedy Park, durante as Festas do Espírito Santo, que se prolongam até domingo.

O Congresso Internacional de Ensino da Língua e Cultura Portuguesas na América do Norte, que decorre sexta-feira, vai reunir especialistas de Portugal, Brasil, Cabo Verde, EUA, Canadá e México, revelou hoje Graça Castanho, da Universidade dos Açores.

Este fórum, que também se destina a evocar o centenário do ensino integrado do Português na Escola do Espírito Santo de Fall River, vai debater, entre outros temas, o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, as técnicas e materiais relevantes para o ensino do Português e o multiculturalismo.

Graça Castanho destacou, no contexto destas iniciativas, a importância do trabalho desenvolvido pela escola de Fall River, que ensina o Português como disciplina integrada num currículo comum aos estabelecimentos escolares norte-americanos.

No pavilhão que vai acolher a Feira do Livro, estarão também patentes exposições de trabalhos de crianças que frequentam escolas portugueses e serão lançadas obras relacionadas com esta temática.
As iniciativas promovidas pelas universidades dos Açores e de Lesley coincidem com a realização das festas - na cidade norte-americana onde vive uma grande comunidade de origem açoriana - que levam a Fall River milhares de emigrantes provenientes de vários estados norte-americanos e do Canadá.

Cooperação Portuguesa abastece biblioteca na ilha do Maio

A Cooperação Portuguesa disponibilizou cerca de 500 títulos, correspondentes a outros tantos livros, para a Biblioteca do Centro de Juventude do Maio, em Cabo Verde, revelou fonte oficial cabo-verdiana.

A oferta, segundo fonte do Ministério da Presidência do Conselho de Ministros, insere-se no quadro das "boas relações" existentes entre Portugal e Cabo Verde, estando o acto de entrega previsto para hoje na Vila de Porto Inglês, capital da ilha do Maio.

A cerimónia contará com a presença da ministra da Presidência do Conselho de Ministros e da Juventude cabo-verdiana, Janira Hopffer Almada, que inicia uma visita de trabalho de dois dias à ilha do Sotavento, vizinha de Santiago.

Portugal acolhe centro de recrutamento da Cisco para a Europa, Médio Oriente e África

A multinacional norte-americana Cisco Systems voltou a escolher Portugal para concentrar parte dos seus serviços, desta vez na área do recrutamento, elevando para quatro o número de centros europeus de suporte ao negócio que possui no país.

O director-geral da Cisco em Portugal considerou que a abertura em Oeiras do centro de recrutamento da companhia para a Europa, Médio Oriente e África (região EMEA) é "muito mais simbólico do ponto de vista qualitativo do que quantitativo, porque vai ser um grupo pequeno de cerca de oito pessoas". "É simbólico a dois níveis: primeiro porque é o 4º centro europeu de suporte ao negócio da Cisco em Portugal, depois do Hércules (backoffice das vendas de tecnologia para toda a Europa), do Liberty (backoffice de vendas de serviços para toda a Europa) e do Inside Supercenter (gestão de conta remota para parceiros e para uma grande parte dos clientes na Europa). Depois, porque é pouco usual ter uma unidade que gere todos os processos de recrutamento para uma zona como a Europa, Médio Oriente e África a partir de uma base em Portugal", explicou Carlos Brazão.

Segundo salientou, o novo centro de recrutamento - a implementar no edifício da Cisco em Oeiras - vai albergar o conjunto de pessoas que processam todos os novos recrutamentos da Cisco para a zona EMEA.
O centro irá começar a operar até final deste ano, embora só venha a ter o quadro de trabalhadores completo no primeiro trimestre de 2011.

De acordo com Brazão, a opção por Portugal para instalar este centro é "o reconhecimento do excelente desempenho" dos outros três centros já em operação no país. "Há três anos que praticamente todas as decisões de centralização da Cisco na Europa são para Portugal. Quem está de parabéns são os colaboradores portugueses", salientou, adiantando que o total de quadros da multinacional no país "não deve andar já muito longe das 200 pessoas".

Para o responsável, o facto de existirem já quatro centros da Cisco em Portugal "é um bom indicador, porque nas empresas globais há cada vez mais tendência para haver alguma especialização e, logo, oportunidades de concentração de determinadas funções para determinadas regiões".

Timor: Ramos Horta alivia tensão nacional com perdão a autores de atentado

Presidente timorense mandou libertar autores do atentado que sofreu em 2008. A decisão vai aumentar a estabilidade no país e ajudar "o passado a ser passado".

"Eles também foram vítimas", justificou José Ramos Horta (JRH). Os 23 antigos rebeldes considerados responsáveis pelo atentado contra o presidente da República de Timor-Leste e condenados em Março a 16 anos de prisão vão ser libertados mais cedo que o previsto, segundo a informação publicada ontem na Gazeta Oficial, o boletim legislativo de Timor.

A intenção de JRH já tinha sido dada a conhecer a 6 de Agosto, em Díli. "Como presidente da República quero indultar as pessoas já condenadas em processos relacionados com a crise, concretamente os três militares das F-FDTL (Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste), Gastão Salsinha (tido como um dos cabecilhas, a par de Alfredo Reinado, que foi abatido na sua residência), e os outros condenados no mesmo processo. A compensação às vítimas (da crise de 2006) e os indultos vão ajudar-nos a deixar o passado ser passado e a olhar o futuro com confiança", disse o presidente da República.

Paulo Gorjão, especialista do Instituto Português de Relações Internacionais e Segurança (IPRIS), considera que a decisão é um sinal claro de que Ramos Horta quer "desvalorizar, despolitizar e normalizar uma situação que poderia aumentar as fragilidades do país, aumentando a tensão social".

O especialista defende que a decisão do presidente timorense está relacionada com a tensão social do país. "À medida que cresce o distanciamento em relação ao referendo de 1999 que as tensões tendem a perder impacto. Mas a vida e a história fazem com que seja possível, apesar de imprevisível, haver uma nova tentativa de golpe de Estado como o de 2001, ou nova tentativa de assassinato do presidente JRH", defende o especialista.

A libertação dos condenados pelo atentado não é mais que "uma tentativa de retirar a carga de tensão política que se mantém em Timor desde 1999", considera Gorjão. Assim, "o que JRH faz é tentar esvaziar um balão de tensão. A realidade de Timor nem sempre corresponde às expectativas traçadas na transição para a democracia", defende, explicando que "a situação em Timor é relativamente calma, não há sinais de tensão política nem social, mas o facto de não haver sinais de tensão não quer dizer que ela não exista".

Dois dos condenados libertados são Gastão Salsinha e Marcelo Caetano. Maternus Bere, outro dos envolvidos no ataque que feriu o presidente timorense e levou à morte do major Alfredo Reinaldo, foi posto em liberdade em 2009. Bere era um antigo chefe de milícias pró-indonésias que fora considerado, por uma unidade da ONU, culpado pela chacina de centenas de pessoas numa igreja em Suai, em 1999.

O julgamento dos 23 envolvidos na tentativa de assassinato ao presidente JRH terminou em Março e durou cinco meses. JRH ficou ferido, depois de ter sido alvejado no estômago no atentado de 10 de Fevereiro de 2008. No mesmo dia, também o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, foi alvo de um ataque, do qual saiu ileso. Os ataques aconteceram alguns dias depois de Gusmão ter assumido que Alfredo Reinaldo não seria "uma ameaça real à estabilidade" de Timor-Leste.

quinta-feira, agosto 26, 2010

Politécnicos portugueses vão enviar um professor para Malaca

A pequena comunidade de descendentes de portugueses que em Malaca, na Malásia, mantém a herança cultural dos seus antepassados, vai acolher um professor de língua portuguesa. A "oferta" é dos institutos politécnicos de Portugal que vão ainda oferecer seis bolsas de estudo anuais.

São cerca de cinco mil os falantes do "cristang", um português com alguns séculos, que agora vão poder reatar o contacto com a língua materna dos antepassados ao abrigo de uma cooperação académica que está a reforçar o ensino do português no sudeste asiático, como explicou à Agência Lusa Sobrinho Teixeira, presidente do Instituto Politécnico de Bragança e do CCISP, Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.

Macau vai receber, entre 7 a 10 de Setembro, o encontro anual das Associações das Universidades de Língua Portuguesa (AULP), que terá como tema "A China, Macau e os Países de Língua Portuguesa". Desta organização fazem parte os 15 politécnicos portugueses que celebraram, em Janeiro, protocolos de cooperação com o congénere de Macau para o desenvolvimento do ensino do português no sudeste asiático.
Os representantes dessas organizações vão deslocar-se a Malaca, no dia 4 de Setembro, para oficializarem uma parceria que vai disponibilizar um professor para ensinar português à comunidade local, disse Sobrinho Teixeira. A cooperação disponibilizará também seis bolsas anuais a elementos daquela comunidade que queiram estudar nos politécnicos portugueses.
Esta iniciativa cumpre um dos propósitos dos protocolos celebrados, em Janeiro, de apoiar a qualificação das escolas portuguesas que ainda existem em Macau e nas comunidades descendentes de portugueses.

As redes de cooperação são um dos temas em foco no XX Encontro da AULP, entre 07 e 10 de Setembro, em Macau, com os membros desta associação lusófona a terem a oportunidade de apresentarem os seus projectos a congéneres da República Popular da China e Taiwan. O próximo encontro anual decorrerá em Bragança, entre 06 e 09 de Junho de 2011, segundo avançou Sobrinho Teixeira.

Portugal perdeu mais de 12 mil empresas em apenas dois anos

Fragilizadas pela crise e incentivadas pela simplificação dos encerramentos, milhares de sociedades deixaram de constar nos registos oficiais.
O jornal Público fez as contas e chegou à conclusão de que, nos últimos dois anos, o tecido empresarial português deixou de contar com mais de 12 mil empresas. Muitas delas constariam, no entanto, apenas no “papel”.

Desde 2008 e até ao primeiro trimestre deste ano, foram dissolvidas mais de 78 mil. Contabilizando o número de negócios criados (65.690), conclui-se que o saldo líquido é negativo: nos últimos dois anos, Portugal perdeu 12.414 empresas. A grande maioria pertencia ao sector da comercialização e reparação de automóveis.

Os dados mais recentes parecem revelar uma recuperação. No primeiro trimestre de 2010, houve mais sociedades criadas do que dissolvidas, o que resultou num ganho líquido de 3203 empresas.

quarta-feira, agosto 25, 2010

Risco da dívida portuguesa é o que mais sobe a seguir ao Vietname

O risco da dívida pública portuguesa é o segundo que mais sobe no mundo, apenas superado ligeiramente pelo Vietname, agravando-se 3,66%, de acordo com os dados da CMA, uma empresa especialista em análise de crédito.

Os Credit Default Swaps (CDS) associados aos títulos de dívida pública portugueses com maturidade a cinco anos agravavam-se hoje em 3,66%, para os 305,6 pontos base.

A subida de 10,8 pontos base registada hoje face ao fecho de terça feira faz com que o custo para segurar os títulos de dívida a cinco anos, medido pela CMA, se agrave para os 305,6 mil euros anuais.

No ‘top 8’ do custo dos CDS que mais se agravam hoje, apenas o Vietname supera Portugal, com o custo dos seus CDS a aumentar em 3,67%, sendo que o aumento em pontos base é inferior, situando-se atualmente nos 259,57 pontos, menos 45 pontos base do que no caso de Portugal.

O terceiro que mais agrava é Itália, cujo custo dos CDS estão a subir 3,43% para os 219,39 pontos base.

Dos oito que mais pioram durante o dia de hoje, de acordo com os dados compilados pela CMA, Portugal é o que maior valor tem nos credit default swaps associados à sua dívida a cinco anos.

Este agravamento surge no mesmo dia em que o Estado português colocou no mercado 1.301 milhões de euros em dívida pública a seis e dez anos, com juros mais altos do que em emissões anteriores com as mesmas maturidades e um dia depois da Standard & Poor’s cortar o ‘rating’ da Irlanda.

Qual é o quarto grande do futebol português?

Apresentam-se vários critérios, os seguintes parecem-me razoáveis: títulos/troféus nacionais/europeus conquistados, número de presenças no principal campeonato, número de sócios e ano da fundação.

À partida apresentam-se como candidatos: Boavista, Belenenses, Sporting de Braga e Vitória de Guimarães.
Tendo em conta os critérios acima apresentados, atribuir-se-á 4 pontos por troféu europeu, 3 pontos por cada Campeonato Nacional conquistado, 2.5 por troféu europeu (de 2ª relevância), 2 pontos por cada Taça de Portugal/Campeonato de Portugal/Taça da Liga, 1 ponto por Supertaça, 0.5 por cada presença no Campeonato Nacional, 0.5 por número de sócios e 0.5 por cada ano de fundação.

Assim:
Os dois primeiros conquistaram um título de campeão nacional cada um, e isso faria deles, à partida, potenciais vencedores desde "concurso". Nenhum ganhou troféu europeu algum.
O Boavista, com 107 anos, acumula 5 Taças de Portugal (TP) e três Supertaças. Tem 54 presenças no Campeonato Nacional (CN). Tem 25 mil sócios. Teve uma carreira europeia muito interessante, sendo o único dos três grandes, até ontem, a disputar a Liga dos Campeões (não pontua mais por isso…).
Soma 12096,5 pontos.

Os Belensenses, com 91 anos, 20 mil sócios, têm 3 Taças de Portugal e 3 Campeonatos de Portugal (equivalente), o que soma 6 troféus. Têm 72 presenças no CN.
Soma 10096,5 pontos.
O Vitória de Guimarães, com 88 anos, tem 63 presenças no Campeonato e 1 Supertaça. Tem 24 mil sócios.
Soma 12045 pontos.

Actualmente, o Sporting de Braga tem assumido preponderância na classificação do Campeonato Nacional. Com 89 anos, tem 54 presenças no campeonato principal, 1 Taça de Portugal e 1 Taça Intertoto. Tem cerca de 22 mil sócios.
Soma 11076 pontos.

O Boavista surge como 4º grande, com o Guimarães a persegui-lo, mas com o Braga a crescer a olhos vistos.
Estava portanto encontrado o vencedor. Mas, uma certa “crise” relegou o Boavista para os regionais e para longe da memória dos adeptos do futebol e Os Belenenses, agora na 2ª Liga, andam há muito arredados de troféus que abrilhantem o seu museu, apesar de serem o segundo clube de muitos adeptos do futebol.

A vitória discutir-se-á entre Guimarães e Braga, numa saudável rivalidade minhota, com o Braga num crescimento sustentado e o Guimarães como o quarto grande português em termos de assistências no seu estádio e o 5º grande (a curta distância do 4º) à luz dos critérios apresentados.
Os estádios têm lotação semelhante (30 mil lugares), mas o Braga passou ontem pela primeira vez à fase de grupos da Liga dos Campeões (a quarta equipa portuguesa a consegui-lo), um feito desportivamente e economicamente muito importante.
Em termos de adeptos as coisas equivalem-se, mas as assistências pendem muito mais para o lado do Guimarães.

Ficam as conclusões. Inconclusivas...

terça-feira, agosto 24, 2010

Petróleo constitui oportunidade para São Tomé e Príncipe, defende a Human Rights Watch

O ano de 2010 pode ser de viragem para São Tomé e Príncipe, com a constituição do novo governo e os resultados do concurso para a prospecção de petróleo na sua zona económica exclusiva, considera a organização internacional Human Rights Watch (HRW).

"O novo governo deve tirar lições dos erros do passado. Tem uma janela de oportunidade e deve usá-la para assegurar que o povo de São Tomé beneficia das receitas se e quando estas existirem", sustenta Arvind Ganesan, empresário e director da Human Rights Watch.

No relatório com o tema "Futuro Incerto: contratos de petróleo e reformas por fazer em São Tomé e Príncipe", os responsáveis da organização internacional dizem que o país está "num ponto de cruzamento de vários caminhos, com uma oportunidade de beneficiar da sua potencial riqueza petrolífera".
O governo resultante das eleições de Agosto deverá estar formado ainda este mês e até ao final do ano deverão ser anunciadas as companhias que venceram o concurso para a prospecção de petróleo offshore na Zona Económica Exclusiva de São Tomé e Príncipe.

O relatório, de 23 páginas, refere que São Tomé continua "mal preparado para gerir as receitas que possam vir do sector petrolífero, apesar dos esforços internos e internacionais para melhorar a transparência fiscal e a contabilidade desses proveitos".
A HRW defende no relatório que o futuro governo deve tornar públicas todas as operações comerciais ou financeiras relacionadas com o sector petrolífero.

A comunidade internacional e alguns deputados e outras autoridades locais desenvolveram vários esforços para melhorar a capacidade de gerir estes activos, para evitar problemas que alguns países vizinhos viveram, como Angola e a Guiné Equatorial.
O governo cessante, lê-se no relatório, não teve a vontade política ou a "capacidade para introduzir as reformas necessárias" e a HRW revela agora esperança em que a situação se altere.

[As coincidências democráticas africanas levam a depositar em Patrice Trovoada um fardo de esperança. Contudo, oficialmente pouco dele se conhece a não ser o apelido famoso no arquipélago. Recentes mini-biografias dão-no como empresário do ramo dos petróleos com interesses da Nigéria à Guiné Equatorial. Com formação francesa, a que não falta um certo sotaque, a sua fortuna cresceu nos últimos anos fruto da sorte e de um suposto jeito natural para os negócios (a que não devem ser alheios os contactos políticos que o seu pai granjeou nos anos da política activa). Conseguiu, com a sua nomeação como primeiro-ministro, em 2008, o apoio das principais chancelarias presentes na ilha, que logo trataram de ver nele a "esperança" de que o país atingisse os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio da ONU (e encaminhasse os contratos petrolíferos). O surgimento da ADI é o acto contínuo. Trata-se de um repositório de ideologias, que têm em comum não ter ideologia nenhuma. Patrice parece ser o elo que une este partido recente no panorama são-tomense. Vamos ver o que vai dar governar em minoria... Aceitam-se apostas.]

Presidente do Senegal oferece quatro viaturas ao seu homólogo da Guiné-Bissau

A presidência da Guiné-Bissau recebeu hoje quatro viaturas oferecidas pelo presidente do Senegal ao seu homólogo guineense, Malam Bacai Sanhá, no quadro do reforço das relações entre os dois países, declarou o embaixador senegalês no momento da entrega dos carros.

O embaixador Mamadu Niang entregou ao director do gabinete do presidente guineense, Alberto Batista Lopes, as chaves de dois automóveis de luxo (um Lexus e um Volswagen Passat) e de dois autocarros de 45 lugares cada.

"Estas viaturas simbolizam os laços de amizade e fraternidade que unem os povos e governos do Senegal e da Guiné-Bissau", defendeu o embaixador Mamadu Niang, decano dos diplomatas acreditados em Bissau.

Por seu turno, o director do gabinete do presidente guineense, Alberto Lopes, disse que, em nome de Malam Bacai Sanhá, a presidência da Guiné-Bissau "agradece mais este apoio" do Senegal, país com o qual, disse, "existem excelentes laços de amizade e cooperação".
As quatro viaturas ficarão afectas aos serviços da presidência guineense.

Na semana passada, o presidente do Senegal entregou ao seu homólogo guineense 100 toneladas de açúcar, produto que não existe à venda na Guiné-Bissau.

Também recentemente, a presidência guineense recebeu 20 automóveis do Irão , que o presidente Malam Bacai Sanhá distribuiu para alguns veteranos da guerra pela independência do país.

[Nesta gentil oferta aos designados "veteranos da guerra pela independência" está explícita a rede de interesses em que os militares guineenses põem e dispõem e são tratados nas palminhas das mãos, não vão alguns aborrecer-se e matar alguém... As viaturas iraniana são distribuídas sem critério concreto, em que a palavra "veteranos" parece legitimar tudo, algo que a idade dos premiados não deveria desmentir. Não chegaram a apelidá-los de "heróis nacionais". Já não foi mau...
Parece também haver outros contornos interessantes na oferta persa. Das duas uma: ou os carros sobravam no Irão e resolveram doá-los a países amigos e com maiores necessidades automobilísticas - e aí surge a Guiné-Bissau - ou a oferta (não haveria mais nada que interessasse ao povo guineense?) foi a pedido das autoridades do país africano, com o objectivo de premiar essa clique que se alimenta do depauperado erário público e muito tem contribuído para a instabilidade e desgoverno geral do so-called "país".]

segunda-feira, agosto 23, 2010

Ministro da Defesa de Angola visitou hoje a "colónia" de Cabinda

in Notícias Lusófonas

Cândido Pereira Van-Dúnem sentiu necessidade de falar da “moral psico-militar das tropas". Porque será?

O ministro angolano da Defesa, Cândido Pereira Van-Dúnem, afirmou hoje, na colónia de Cabinda, que a situação político-militar na região é estável. Mau grado a tese oficial de que as forças de FLEC não existem, o regime angolano continua a reforçar o dispositivo militar, provavelmente para justificarem novas detenções por supostos crimes contra a segurança do estado.

Em breves declarações à imprensa no palácio do governo da colónia, no término da sua estada de algumas horas à colónia, o titular da pasta da Defesa, considerou de salutar a interacção de actividades entre as forças armadas angolanas e o Governo no tocante à sua participação em acções sociais nas comunidades.

No encontro mantido com os membros da direcção do Quartel General da Região Militar Cabinda, Cândido Pereira Van-Dúnem, indicou que o mesmo serviu para tratar de questões militares especificas tendo em conta a realidade poltico militar da colónia de Cabinda, tido como de estável.

Nada de preocupação tanto no seio das forças armadas bemcomo no que diz respeito à moral psico-militar das tropas", disse o ministro, não explicando a razão pela qual num suposto cenário de absoluto domínio militar angolano era necessário falar da “moral psico-militar das tropas".

Quanto à reunião com o governo da colónia, o governante disse que a mesma centrou-se na análise profunda sobre a situação da reinserção dos ex-militares e também das questões relacionadas com as actividades dos militares nos programas do Governo.

O titular angolano da Defesa, chefiou uma delegação integrada por oficiais superiores do seu Ministério com destaque para o chefe do Estado Maior do Exército, general Jorge Barros Nguto.

Cândido Pereira Van-Dúnem recebeu no aeroporto cumprimentos de boas vinda do vice-governador da colónia, António Manuel Gime e do general Lúcio Amaral, chefe Estado Maior Adjunto do Exército.

Se, de um ponto de vista de propaganda internacional, o governo angolano continua a tentar passar a imagem de pacificação total na colónia de Cabinda, do ponto de vista interno, o Jornal de Angola (JA), estatal e único diário generalista angolano, órgão oficial do regime/MPLA, continua a chamar “terroristas” aos activistas cívicos condenados pelo tribunal da colónia de Cabinda por suposto crime contra a segurança de Estado.

Com o título "Terroristas condenados em Cabinda", em que abordou a condenação do economista Belchior Lanso Tati a seis anos de cadeia, o padre Raul Tati a cinco, o advogado, Francisco Luemba, a outros cinco e o ex-polícia Benjamim Fuca a três anos de prisão, o JA adianta - seguindo a velha tradição marxista do regime - ainda que a pena resulta da implicação destes no “ataque terrorista” à seleçcão do Togo.

A escolta angolana à selecção de futebol do Togo foi atacada a 8 de Janeiro em Cabinda por uma facção dos guerrilheiros da FLEC, de onde resultou a morte de dois dos seus elementos, quando se preparava para integrar o grupo local da Taça de África das Nações (CAN 2010).

O jornal estatal angolano lembra que os activistas estavam acusados de pertencer à facção da FLEC que “reivindicou o atentado”, o que estes negaram em julgamento, e, diz ainda o JA, que na sua posse estavam documentos a reivindicar o ataque.

Em Cabinda, a única colónia remanescente na África Negra, Angola confirma que apenas está disposta a manifestar e concretizar a vontade política de prejudicar o povo de Cabinda e nunca de construir e resolver a bem o problema que, com mais ou menos propaganda, que com mais ou menos petróleo, continua a ser Cabinda.

Ficou bem claro e dissiparam–se as dúvidas, sobretudo para aqueles que de Lisboa a Luanda, apregoam nos areópagos internacionais que o Presidente José Eduardo dos Santos e a sua Angola são pela justiça e pela paz em Cabinda.

Só os golpistas ingénuos da FLEC, quais clones do MPLA, Alexandre Tati, Estanislau Boma, Antoine Nzita Mbemba e Carlos Moisés e Veras Luemba (o negociador-mor) acreditam nisso. O povo de Cabinda, os seus verdadeiros amigos e os demais resistentes esclarecidos não embarcam na cantiga do bandido.

Acresce a este estado de coisas a propaganda (destinada só para Cabinda) da afectação de 300 milhões de dólares - que ainda não chegaram nem vão chegar, como é costume - para a acção de cosmética social, a panaceia estratégica para o mal de Cabinda, que 40 anos depois, segundo a crença dos ideólogos da ocupação vai esfriar os ânimos independentistas quiçá a consciência já consolidada do patriotismo e nacionalismo esclarecido Cabindês que remonta do Tratado de Simulambuco.

Presidente diz-se "envergonhado" com a má imagem pública do país

O Presidente da Guiné-Bissau confessa-se "envergonhado" pela "má reputação" que o seu país tem adquirido nos últimos anos, como entreposto do tráfico internacional de drogas duras e pela administração ineficiente, fazendo um apelo público contra a incompetência.

"Devemos envergonhar-nos por sermos vistos como um povo incapaz de encontrar soluções para os problemas do nosso país", afirmou Malam Bacai Sanhá, citado por agências noticiosas na recente Conferência de Reconciliação Nacional, em Bissau.

A Guiné-Bissau, que foi uma colónia portuguesa até Setembro de 1974, tem uma gigantesca dívida externa e depende em larga escala de doações internacionais de diversas proveniências - de Portugal até aos países vizinhos.
Na década de 70, durante a guerra travada entre o movimento de libertação PAIGC e a tropa portuguesa, a Guiné chegou a ser apontada em meios internacionais como um dos Estados mais promissores de África, e o líder do PAIGC, Amílcar Cabral, era um dos mais respeitados políticos africanos. O seu assassínio, em Janeiro de 1973, em circunstâncias nunca devidamente esclarecidas, impediu-o de atingir a presidência da Guiné-Bissau independente.

O primeiro chefe do Estado, Luís Cabral, era irmão de Amílcar mas não gozava do mesmo prestígio. Acabou por ser derrubado por um golpe militar conduzido em 1980 pelo general Nino Vieira, um dos heróis da independência.
As últimas duas décadas foram marcadas por grande instabilidade no país e por crescentes acusações de que o vasto arquipélago dos Bijagós, ao largo da costa guineense, está a ser usado para operações de tráfico de cocaína entre os continentes americano e europeu.

O assassínio de Nino Vieira, num sangrento golpe militar em Março de 2009, agravou a reputação da Guiné-Bissau, hoje considerada um "estado falhado" por diversos analistas de política internacional. Dois chefes militares guineenses foram considerados cabecilhas do tráfico de droga pelas autoridades norte-americanas, que congelaram as suas contas bancárias nos EUA.
Sanhá, que venceu a eleição presidencial de 2009, realizada após a morte de Nino Vieira, tem procurado reorganizar a administração do país, tal como o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
No próximo mês, a cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental analisará o caso da Guiné-Bissau, devendo fornecer ajuda económica e militar ao país.

sábado, agosto 21, 2010

Universidade de Aveiro ensina menores a lidarem com o dinheiro

Menores dos sete aos 17 anos são o principal público-alvo de um projecto nacional para ensinar a lidar com o dinheiro, anunciou hoje a Universidade de Aveiro (UA), promotora desta iniciativa de incremento da "literacia financeira".

O projecto, designado "Educação+" e a desenvolver em colaboração com a Caixa Geral de Depósitos (CGD), visa "contribuir para a formação de consumidores mais informados e mais conscientes da realidade financeira e dos desafios do dia-a-dia", segundo um comunicado da UA.

"Nos dias de hoje, e atendendo à actual situação de crise financeira e económica, que a maioria dos países enfrenta, torna-se pertinente a discussão destes temas e a procura de novas respostas e soluções para os problemas diários", refere a UA, ao justificar a iniciativa.

A educação financeira, como meio de melhorar a capacidade individual para lidar com as finanças pessoais é, de resto, uma preocupação central de governos e organizações internacionais como a OCDE e a União Europeia (UE), assinala ainda o comunicado.
No âmbito do "Educação+", "que será em breve apresentado ao Ministério da Educação", está a ser preparada uma exposição itinerante, que se estreia a 6 de Outubro em Águeda e que depois percorrerá outros municípios de norte a sul do país.

A exposição, adianta a UA, será composta por três módulos e os conteúdos desenvolvidos serão apresentados "de forma a dar ênfase à experimentação e ao jogo, como forma de estimular uma possível exploração didáctica destes temas".

A outro nível, mas também no âmbito do projecto, está prevista a realização em Lisboa, no dia 28 de Setembro, da II Conferência Internacional em Educação Financeira.
"Por uma educação+ financeira" é o tema desta conferência, que tem como principais destinatários todos aqueles que nas instituições e empresas exercem actividade nas áreas de formação, social, comunicação e estratégia, desde quadros superiores a vereadores, gestores escolares, professores, formadores e jornalistas.

China aplica taxa aduaneira "zero" às exportações de Timor Leste

A China anunciou hoje a abertura do mercado chinês, com isenção total de taxas aduaneiras, às empresas que se fixem em Timor-Leste.
O objectivo, segundo os representantes chineses, é apoiar o rápido desenvolvimento da economia timorense.

O anúncio foi feito pelo conselheiro económico e comercial da Embaixada chinesa em Díli, Yang Donghui, numa conferência de imprensa que serviu também para apresentar aos jornalistas a zona de comércio livre (FTA) criada em janeiro pela China com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), a que Timor-Leste se prepara para aderir.

A decisão do governo chinês de abrir o mercado às exportações timorenses, sem pagamento de direitos alfandegários, antecipa a entrada de Timor-Leste na ASEAN, ao atribuir facilidades semelhantes às que concede desde o início do ano aos países fundadores da ASEAN, no âmbito da área de livre comércio que vigora desde 01 de Janeiro, mas ainda com a 'nuance' de não obrigar a qualquer reciprocidade.

TAP quer rotas para Pequim e Xangai

A TAP pediu ao Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) uma licença para explorar as ligações entre Lisboa e Pequim, Lisboa e Xangai e Porto e Pequim, segundo um aviso publicado em Diário da República.

"Torna-se público que a TAP Portugal requereu uma licença para exploração de serviços de transporte aéreo regular nas rotas Lisboa/Pequim/Lisboa, Lisboa/Xangai/Lisboa e Porto/Pequim/Porto", lê-se no aviso.

Segundo a informação publicada em Diário da República, as entidades que pretendam apresentar uma candidatura alternativa podem fazê-lo junto do INAC.

Estudo: portugueses esperam 6 a 7 minutos nas filas de serviços

Os portugueses ficam seis a sete minutos nas filas de espera para atendimento de serviços, um tempo melhor que a média de 24 países, de 10 minutos, e que satisfaz a maior parte dos consumidores, concluiu um estudo hoje divulgado.

O trabalho realizado pela Mystery Shopping Providers Association (MSPA), organização que reúne especialistas na metodologia de "cliente mistério", teve a participação da consultora portuguesa Pentaudis e revela que Portugal é um dos países com empregados mais sorridentes.
O diretor geral da Pentaudis, Luís Duarte, explicou que, relativamente ao tempo na fila de espera, "Portugal, nos 24 países, situa-se a meio da tabela, no 12º lugar, sendo a Rússia o último" e partilhando Dinamarca, Suécia, Inglaterra e Espanha o primeiro lugar.

O tempo médio de atendimento em Portugal é de seis a sete minutos, o dobro dos três minutos dos países do norte da Europa e de Espanha, enquanto na Rússia é de 25 minutos, especificou.

Entre os 11 setores analisados, o melhor desempenho é apresentado por "farmácias, setor da moda, supermercados e garrafeiras", com um tempo médio de espera de dois a quatro minutos. Ao contrário, nos correios e na banca os clientes têm de aguardar cerca de 20 minutos para serem atendidos.

"A insatisfação média nestes países é de 30%e Portugal tem um nível de 10%o que é bom" já que implica um grau de satisfação de 90%, realçou Luís Duarte.

Assim, apesar de estar a meio da tabela no tempo de espera, Portugal não tem muitos consumidores insatisfeitos e está mesmo em terceiro lugar no que respeita a simpatia dos funcionários.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Obama confunde americanos

Um em cada cinco habitantes dos EUA supõe que o Presidente é muçulmano. E muitos julgam que nasceu no Quénia

"Vamos esclarecer os factos: eu sou cristão." Parece que estas palavras, proferidas por Barack Obama durante a corrida à Casa Branca em 2008, não foram suficientes para convencer todos os norte-americanos.

Um em cada cinco cidadãos dos Estados Unidos está convicto de que o seu Presidente é muçulmano. Por outro lado, quase metade da população (43%) afirma desconhecer a religião professada por Obama.

Estas são as conclusões de um estudo publicado ontem pelo Pew Center Research, um centro norte-americano independente de estudos de opinião. A investigação foi realizada ainda antes dos comentários de Obama favoráveis à construção de uma mesquita na zona de impacto, em Nova Iorque, pelo que se prevê um aumento de 7% no número de pessoas a pensar que o 44.º Presidente dos EUA segue o islão.

Durante a campanha presidencial, circulavam na Internet e-mails que questionavam as crenças de Barack Hussein Obama - cujo pai foi educado na fé islâmica - e que afirmavam que teria nascido no Quénia, o país natal do pai, e não no Havai.
Na altura, o então senador pelo Ilinóis encarregou vários membros da sua equipa de combater os rumores que se começavam a multiplicar. Foi assim que surgiu o site Fight the Smears - Learn the Truth About Barack Obama, que em português significa "combater os boatos - aprenda a verdade sobre Barack Obama".

O mesmo estudo conclui que a ideia de que Obama é muçulmano está mais enraizada entre os seus opositores políticos ou pessoais descontentes com a sua prestação. Para o presidente do Pew Center, Andrew Kohut, uma das explicações para esta situação é o facto de "Obama não ter associado a religião à sua figura pública" após as eleições.

quinta-feira, agosto 19, 2010

Almirante causa conflito nas altas esferas políticas

Presidente e primeiro-ministro divergem sobre a recondução do chefe da Armada.

O Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, é o único obstáculo à recondução do almirante José Américo Bubu Na Tchuto como chefe do Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau.

O Governo de Carlos Gomes Júnior e as chefias militares já estão disponíveis para reconduzir Bubu Na Tchuto nas funções que exercia antes do suposto golpe de Estado de Agosto de 2008. Mas a movimentação de homens de confiança do Presidente da República junto do chefe do Estado-Maior, major-general António Indjai, impediram o regresso de Na Tchuto. O que está a causar dores de cabeça às autoridades de Bissau.

Os analistas locais são unâmines em afirmar que o almirante é agora uma pedra no sapato do Presidente da República e do primeiro-ministro: os dois estão em rota de colisão quanto à sua reintegração na chefia das Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP).

Bubu Na Tchuto, que em Abril passado declarara que Malam Bacai Sanhá seria o melhor Presidente da República da Guiné-Bissau, agora não tem a mesma opinião em relação ao Chefe do Estado, com quem mantém um diferendo aberto.
Malam Bacai Sanhá não está disposto a reconduzir o almirante para não ter problemas com a comunidade internacional, que não vê com bons olhos o regresso de Na Tchuto à chefia da marinha de guerra da Guiné-Bissau.

Malam Bacai Sanhá preferia que Bubu Na Tchuto aceitasse o cargo de inspector-geral das Forças Armadas ou de chefe do Estado-Maior do Exército, passando o actual chefe do Estado-Maior do Exército, Mamadu N´Krumah, a vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.

O almirante não aceitou essas funções e entende que, sendo um homem com formação na área da marinha da guerra, só aí poderá ser útil para a Guiné-Bissau.

Perante este cenário, o Chefe do Estado convocou um encontro com o almirante, na presença da ministra da Presidência do Conselho de Ministros, Adiato Nadingna, para questionar os motivos de um anterior encontro entre Carlos Gomes Júnior e Bubu Na Tchuto. Malam Bacai Sanhá ficou a saber que os dois discutiram questões de pagamento da dívida do Governo para com o almirante. Dívida em relação à qual o primeiro-ministro terá já autorizado o pagamento de 50%.

Todavia, desconhece-se ainda o valor total do montante que o Governo terá já pago.

Sedacor vai inaugurar fábrica em 2011

A Sedacor, que opera com duas unidades na Feira e em Ponte de Sor, vai abrir no início de 2011 uma nova fábrica destinada a tratar a cortiça da linha Dynamic Cork, vocacionada para a indústria têxtil e de decoração.

A nova fábrica, a instalar na freguesia vizinha de Rio Meão, envolve um investimento de 600 mil euros, vai ocupar 800 metros quadrados de área coberta e irá criar três novos postos de trabalho, revelou Carlos Alberto Sá, que dirige a empresa com sede em S. Paio de Oleiros, na Feira.

O objectivo do industrial é concentrar nesse espaço os processos relativos ao design dos novos produtos da empresa, entre os quais se inclui a pele de cortiça para fabrico de calçado, vestuário e acessórios e também papel de parede no mesmo material, assim como cortinas e outros revestimentos.
Os rolos de cortiça aglomerada técnica utilizados na gama Dynamic Cork estavam até agora a ser tratados na unidade de Oleiros da Sedacor ou em empresas da especialidade às quais eram entregues tarefas como a digitalização de imagens, a estampagem de materiais, a submersão da cortiça ou a aplicação de substratos como tecido, papel ou autoadesivos.

Carlos Sá esclarece que a maioria desses procedimentos vão ser transferidos para a nova fábrica porque aí "não há pó de cortiça no ar e também é mais fácil guardar algum segredo" em relação às inovações desenvolvidas na empresa.

A Sedacor - Sociedade Exportadora de Artigos de Cortiça Lda. integra o grupo JPS Cork e, em 2009, teve um volume de negócios de 13,5 milhões de euros. Em Junho deste ano já registava um crescimento de 25% em relação ao mesmo período de 2009, pelo que as estimativas apontam agora para os 15 milhões de euros no final de 2010.
A linha Dynamic Cork só foi lançada este verão, mas em Dezembro já deverá representar 5 a 10% da facturação global da empresa.

Algarve promove birdwatching em Inglaterra

A Entidade Regional de Turismo do Algarve (ERTA) vai começar a promover a região como destino de interesse para a observação de aves (birdwatching) em Inglaterra, com a distribuição de um folheto que assinala zonas de interesse numa feira especializada.

"As aves que se podem avistar no destino são as protagonistas do novo folheto de birdwatching editado pelo Turismo do Algarve e que lista ainda as zonas de maior importância ornitológica da região. A brochura vai voar agora até Rutland, Inglaterra, onde será distribuída na British Birdwatching Fair (BBF) entre 20 (sexta-feira) e 22 de Agosto", anunciou a ERTA.

Além de identificar as zonas do Algarve que maior interesse têm para a observação de aves, como a Ria Formosa ou a Lagoa dos Salgados, entre outras, o folheto diz também quais são as principais espécies residentes e migratórias da região.
"Os tipos de habitat preferidos das cerca de 300 espécies que passam anualmente pela região também são descritos. Da zona montanhosa da serra do Caldeirão até à zona ribeirinha da foz de Odeleite, muitos - num total de 11 - são os locais de eleição para a ocorrência de avifauna", precisa a ERTA em comunicado.

O Turismo do Algarve sublinhou que "a ficha técnica garante que a observação não acontece ao acaso" e, por isso, o folheto inclui "a descrição dos locais, o seu estatuto de protecção, o momento ideal para os procurar, a duração do percurso e as aves que se podem encontrar".

A feira internacional de turismo ornitológico BBF recebeu 23 mil visitantes em 2009.
"A edição insere-se na estratégia global que o Turismo do Algarve começou a encetar para o birdwatching, que reúne cerca de 100 milhões de praticantes no mundo", afirmou, por seu turno, o presidente do Turismo do Algarve, Nuno Aires.

Os melhores países para viver são... e onde está Portugal?

Dinamismo económico nacional é mau, mas saúde, ambiente político e qualidade de vida não são dos piores

Os melhores países para viver no mundo são maioritariamente europeus. A Newsweek elaborou um ranking com os países com melhores condições para se viver e trabalhar, e sete dos primeiros dez são nossos "vizinhos".

A revista analisou 5 indicadores (educação, saúde, qualidade de vida, dinamismo económico e ambiente político) para elaborar uma lista dos países que ofereceriam melhores oportunidades de ter uma vida saudável, segura, próspera e com potencialidades de ascensão.

No top10 da lista estão Finlândia, Suíça, Suécia, Austrália, Luxemburgo, Noruega, Canadá, Holanda, Japão e Dinamarca. Os Estados Unidos só vêm a seguir. No final da lista está o Burkina Faso.

Portugal encontra-se na 27ª posição da lista, um lugar atrás da Grécia e seis lugares atrás da vizinha Espanha. O nosso país aparece em 23º lugar no que se refere a saúde e do ambiente político, no 27º em qualidade de vida e 42º em dinamismo económico, que penalizou seriamente a nossa classificação global. Neste factor, Singapura é o melhor do mundo, Espanha é o 19º e Grécia o 47º.

Voltámos depois das merecidas férias...