terça-feira, março 16, 2010

Sri Lanka: General Fonseka depõe em tribunal militar

O antigo chefe do exército do Sri Lanka's, Sarath Fonseka, depôs em tribunal militar depois de ser acusado de participar na política enquanto envergava o uniforme militar.
O julgamento foi adiado para 6 de Abril - dois dias depois das eleições parlamentares.

O candidato presidencial derrotado deverá regressar a tribunal amanhã, respondendo a acusações de ter violado procedimentos militares de intervenção.
O Gen. Fonseka (o apelido tem origem no vocábulo português Fonseca, que por sua vez deriva de um nome sefardita. A importante comunidade de sefarditas em Portugal iniciou a expansão em África e na Ásia e, no século XVI, à medida que se afirma a presença português na então ilha de Ceilão, muitos membros de clãs aderem ao cristianismo e são baptizados, adoptando os nomes dos seus "padrinhos" portugueses. Daí a profusão de Andrades, Fernandes, Fonsekas e Pinto como patronímicos. Estes nomes sofreram alterações à medida que novas influências coloniais - holandesa ou a britânica - se afirmaram) afirma que as acusações têm motivações políticas e uma tentativa de lhe vedar uma candidatura nas próximas eleições.

Fonseka foi detido pelo exército no mês passado. Perdeu as eleições para o Presidente Mahinda Rajapaksa, em Janeiro.
Várias manifestações foram convocadas contra a sua detenção e o tribunal marcial acabou por reuniu-se em Colombo.
O Gen. Fonseka foi responsável pelo exército do Sri Lanka quando, no ano passado, derrotou os Tigres Tamil, rebeldes responsáveis por 25 anos de guerra civil.
Contudo, o President Rajapaksa também reclamou mérito na vitória - o que levou a que ambos concorressem nas presidenciais dando muito enfoque ao seu papel nesta vitória.

Em tribunal marcial, num julgamento secreto, o Gen. Fonseka poderá ter os seus advogados e recorrer para os supremos tribunais civis se for considerado culpado. O ex-procurador-geral do Sri Lanka, Sarath Silva, defende que o tribunal marcial é inconstitutional pois, o Gen. Fonseka, segundo ele, não está sujeito à lei militar. Deveria, sim, ser julgado num tribunal civil, afirmou.

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