terça-feira, junho 30, 2009

Portugal e São Tomé e Príncipe vão assinar acordo de paridade cambial Cabo Verde

Portugal e São Tomé e Príncipe assinam na segunda quinzena de Julho um acordo de cooperação cambial, disse a ministra do Plano e Finanças são-tomense.
"O acordo visa sustentar a paridade cambial entre a dobra (moeda são-tomense) e o euro", disse Ângela Viegas, acrescentando que o acordo será "sustentado por uma linha de crédito" que o Governo português vai colocar à disposição do arquipélago.

A ministra não se referiu ao montante da referida linha de crédito, tendo sublinhado apenas que o financiamento terá utilidade em caso de haver "algum problema com as reservas cambiais".

"As vantagens são muitas", justifica a titular do Plano e Finanças de São Tomé e Príncipe, tomando como um dos exemplos a importação de mercadorias.
"Os nossos comerciantes importam mercadorias hoje a uma taxa de câmbio. Com a permanentemente depreciação da dobra face ao euro, quando têm que pagar aos seus credores, a taxa de câmbio já será outra", disse Viegas.

"Com uma paridade fixa entre o euro e a dobra, a maior parte desses problemas deixam de existir, considerando que as nossas importações são fundamentalmente da Zona Euro", acrescentou.

"A taxa de inflação que temos até ao fim do ano é de dois dígitos. Com a paridade cambial fixada ao euro a tendência é de que essa taxa de inflação diminua ou esteja ao nível desses países", disse.
A governante são-tomense acredita que o acordo de paridade cambial com Portugal "não será tudo", mas considera-o "um importante instrumento" para o desenvolvimento da economia do arquipélago.

O acordo, segundo a ministra, vai ainda permitir diminuir a taxa de inflação, que será acompanhada também da diminuição da taxa de juro sobre os créditos concedidos pelos bancos.

"Essas taxas de juro já não serão tão altas. Elas tenderão a diminuir ao nível dos países da zona euro", disse Ângela Viegas.

A medida surge no quadro do projecto do Governo são-tomense "para o novo ciclo económico", que inclui o reforço da reforma das finanças públicas e o rigor na política monetária e fiscal.

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