quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Argentina critica ida de William para as Falkland

Buenos Aires continua a reclamar o território britânico.

Príncipe completaria na ilha a sua formação como piloto de resgate militar.
O Governo argentino expressou ontem o seu mal-estar face ao eventual destacamento do príncipe William para as ilhas Falkland (Maldivas, para os argentinos), no âmbito do seu curso de piloto de busca e resgate da Royal Air Force (RAF). A notícia tinha sido avançada no domingo pelo The Sunday Times e já foi entretanto desmentida pelos britânicos, dizendo que ainda é muito cedo para decidir para onde o segundo na linha de sucessão ao trono será destacado.

"É muito difícil pensar que a diplomacia britânica não tenha pensado no significado da presença do príncipe nas ilhas, na qualidade de militar em actividade, e como primeiro membro da família real britânica activo nas forças armadas a viajar [para as Falkland] desde 1982", escreveu o jornal argentino Clarín. Buenos Aires mantém a sua reivindicação sobre as ilhas britânicas, apesar de ter perdido a guerra de 1982 pelo seu controlo. "Esta circunstância apenas serve, mais uma vez, para demonstrar a presença militar britânica constante em áreas que fazem parte do território nacional da Argentina", disseram fontes da diplomacia argentina. "O príncipe William acaba de começar o seu treino de piloto de busca e salvamento na Defence Helicopter Flying School, por isso é muito cedo para tomar qualquer tipo de decisão", indicou um porta-voz do Ministério da Defesa britânico. O curso deverá durar 18 meses.

A base das Malvinas conta com 500 militares, na sua maioria membros da RAF que voam em helicópteros Sea King e aviões Tornado, além de cem soldados de infantaria. Estão no local "para impedir agressões militares contra os territórios britânicos de ultramar no Atlântico Sul". Estas ilhas são uma das zonas mais difíceis para os pilotos de resgate, devido ao mar encrespado e aos fortes ventos. Precisamente por causa desse clima inóspito e ao facto de estar tão longe do Reino Unido, este é um dos locais mais impopulares para os militares. A confirmar-se a ida de William, de 26 anos, para as Malvinas, este será também um desafio à sua relação com Kate Middleton, de 27 anos, numa altura em que se multiplicam os rumores de um noivado.

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