segunda-feira, novembro 17, 2008

Lusofonia: A Língua Portuguesa no Mundo

Lisboa inicia hoje no CCB, uma reunião extraordinária de dois dias, sobre o papel, relevância e defesa da Língua Portuguesa no actual contexto internacional, com a presença dos ministros da Educação e Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Dividido em cinco painéis, o encontro, que decorrerá no Centro Cultural de Belém (CCB), contará com a presença de ministros da Educação e Cultura dos "oito", à excepção da Guiné-Bissau e de Moçambique, destacando-se a questão da afirmação da Língua Portuguesa no mundo. Os temas dos painéis são:"O Papel, a Relevância e a Defesa da Língua Portuguesa no Actual Contexto Internacional", "A Educação na Dinâmica da CPLP" e "A Dinâmica da CPLP no Actual Contexto Internacional" juntam-se às apresentações do projecto de elaboração de documentários, no quadro do DOC TV CPLP, e do Plano Nacional de Leitura de Portugal.

Também em Santarém, estão a decorrer esta semana os "Encontros de Lusofonia", onde a directora dos serviços que promovem o ensino do português no estrangeiro, Madalena Aroja participou, com o secretário executivo da CPLP, Domingos Simões Pereira, numa conferência/debate moderada por Pedro Canais, destinada a debater a importância da língua portuguesa. Nesse debate sobre "A Lusofonia", que se realizou quinta-feira à noite em Torres Novas, Madalena Aroja, disse que o Instituto Camões (IC) está a fazer um estudo, envolvendo uma equipa multidisciplinar do Instituto das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE,) para determinar o valor económico da Língua Portuguesa. Acrescentando ainda que os primeiros dados de um estudo sobre o valor económico da Língua Portuguesa apontam para um peso de 17% no PIB (Produto Interno Bruto).

Destacando o apoio que é dado por empresas que localmente financiam as actividades dos Centros Culturais Portugueses, Madalena Arroja disse estar a ser negociado um protocolo com a Galp para financiamento das iniciativas do IC na área da Educação. Para a responsável do IC, o facto de todos os funcionários do Banco Africano de Desenvolvimento em Tunes estarem a aprender português, no âmbito de um protocolo assinado com o IC, e de no Senegal existirem 16.000 estudantes da nossa língua "são sinais".
"Na base da globalização estão os mercados e o português e o castelhano serão línguas de negócios como tem sido o inglês", afirmou, recordando que o IC está a tentar junto da Comissão Europeia que esta reconheça que há línguas europeias "com uma dimensão externa". Segundo disse, em Janeiro vai ser lançado um "curso de inter-compreensão" envolvendo o português, o espanhol e o francês, que deverá ser posteriormente alargado ao italiano e ao romeno.

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