terça-feira, julho 22, 2008

CPLP: Angola e Moçambique desvalorizam cimeira

Os Presidente dos "gigantes" africanos da CPLP, Angola e Moçambique, faltarão à Cimeira de Lisboa, sexta-feira, no Centro Cultural de Belém. Ontem Cavaco Silva pressionou para que as ausências sejam "muito, muito poucas". Todos os outros chefes de Estado virão. E até o da Guiné Equatorial, que é somente observador.

Os Presidentes de Angola e Moçambique, vão estar ausentes da VII Cimeira da organização, sexta-feira, no CCB. Armando Guebuza, Presidente moçambicano, justificou a ausência como motivos de agenda interna: estará numa Presidência aberta e, além do mais, estão a celebrar-se os 40 anos da Frelimo. Já quanto a José Eduardo Santos não se conhecem justificações. A diplomacia portuguesa admite a ausência do Presidente angolano embora continue a dizer que à última hora ele poderá aparecer. A presença do chefe do Estado angolano tinha sido confirmada quinta-feira passada, em Luanda, pelo primeiro-ministro José Sócrates, segundo um telex da Lusa (que nunca foi desmentido ou rectificado). Anteontem, o assessor de imprensa da embaixada angolana em Lisboa, Estevão Alberto, disse que a sua representação diplomática apenas tinha confirmada a presença, em representação do Governo angolano, de uma delegação chefiada pelo primeiro-ministro Fernando "Nandó" da Piedade Dias dos Santos. A delegação moçambicana será chefiada pela primeira-ministra, Ana Luisa Diogo.

Todos os outros países se farão representar pelos respectivos Chefes do Estado. Estará também Nguema Mbasogo, Presidente da Guiné Equatorial, país que tem um estatuto de observador na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Ontem, em Lisboa, o Presidente Cavaco Silva comentou as ausências anunciadas. "Neste momento, ainda não existem indicações definitivas quanto às possíveis ausências", disse, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo cabo-verdiano, Pedro Pires. "Seria muito positivo que todos os presidentes que fazem parte dos países da CPLP estivessem presentes na Cimeira (...). Quanto às possíveis ausências, eu gostaria que fossem muito, muito poucas", afirmou ainda o Presidente da República. Na VII Cimeira será encerrado o biénio de presidência da Guiné, sendo o testemunho transferido para Portugal. "Portugal irá assumir a presidência e, durante esse período da sua presidência, fará tudo o que estiver ao seu alcance para, dando execução às orientações que irão ser aprovadas, afirmar esta comunidade na cena internacional e torná-la numa comunidade mais forte", declarou Cavaco Silva.

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