sexta-feira, maio 02, 2008

Turismo em Portugal cresce três vezes mais que em Espanha

Portugal cresceu 9,3% nas receitas e Espanha apenas 3,2%.
Espanha é invejada por quase todos os países do mundo por ser o segundo maior destino mundial de turistas, a seguir a França. Mas Portugal consegue estar a crescer três vezes mais do que o país vizinho no turismo. Em relação aos primeiros meses deste ano, Portugal cresceu 9,3% em Janeiro, enquanto Espanha cresceu apenas 3,2% em termos de receitas globais. Esta é uma tendência que se repete nas contas do ano de 2007 consolidado: Portugal cresceu 11%, atingindo os valores mais altos de sempre no turismo, e Espanha ficou-se pelos 3,7% de crescimento das receitas.
A explicação é dupla: Portugal tem mais espaço para crescer em serviços e número de unidades hoteleiras, ao mesmo tempo que Espanha está a viver uma crise imobiliária fortíssima desde Agosto do ano passado, que se liga ao turismo pelos empreendimentos de turismo residencial. Em Espanha há 4.000 hotéis contra os 400 que existem em Portugal. Além da conjuntura económica, o país vizinho está mais saturado e tem menos espaço para crescer. Por enquanto, a crise internacional ainda não bateu à porta do turismo português. Até Fevereiro deste ano, as receitas alcançadas foram de 850 milhões de euros, mais 11,7% do que em 2007. O secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, mostra-se “optimista nos resultados de 2008, já que os dados disponíveis demonstram que o nosso crescimento está a ser sustentado e mostram a resistência do sector face a aspectos menos positivos nas diversas economias”.

Para a Madeira, António Trindade prevê “um bom Verão” porque tem garantias positivas de dois grandes operadores europeus, a TUI e a Thomas Cook. Já fonte oficial do Ritz Four Seasons, em Lisboa, diz que este ano se sente “um abrandamento, principalmente no segmento MICE (Encontros, Incentivos, Congressos e Eventos) para as empresas em reservas feitas nos EUA”. Para o hotel de 5 estrelas de Lisboa é claro que não vão “atingir os valores de 2007, tendo em conta o ambiente global que se vive”.

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