quinta-feira, dezembro 15, 2005

Macau

Ontem vi o prós e contras feito em Macau.

Fiquei extremamente surprendido pela Portugalidade revelada por aqueles que ainda hoje mantém uma ideia de Portugal hoje proscrita do nosso País.

Ali foi-me revelada na plenitude o que quer dizer ser Português.

Ser Português não é nascer em Portugal, é algo muito maior, muito mais amplo e profundo, que está entranhado na nossa alma, e que muitos portugueses de hoje simplesmente não ligam, não se importam e até repudiam.

O nosso mal vem d dentro, estamos a ser comidos a partir dos portugueses de Portugal, porque se dependesse daqueles que são descendentes dos nosso antepassados estariamos ainda no topo do mundo.

Foi com lágrimas nos olhos que o poeta e douto professor Sena Santos a falar do seu País. Do Seu País Portugal, pois ele é Português. Foi também com lágrimas nos olhos que recordei a imagem de Rocha Vieira a recolher a ultima bandeira do império, o fim de um ciclo que deveria iniciar outro mas que simplesmente apagou a ideia de Portugal dos Portugueses. Uma bandeira que muito representa, mas mais uma vez os nossos governantes cuspiram, conspurcando-a. Estava prevista uma cerimónia em Portugal para entregar essa Bandeira ao nosso presidente e uma condecoração ao Rocha Vieira. Cerimónia nunca realizada e a bandeira que simboliza perfeitamente o que é ser Português, está hoje guardada na casa do ajudante de campo de Rocha Vieira.

É assim mais uma vez que os governantes desta República destroem o nosso património cultural. é mais uma machadada no nosso país.

E Depois estes artistas ainda vêm falar da Falta de Auto estima.

Foram eles com toda a destreza que criminalizaram o facto de um gajo ser patriota, oram eles que destruiram o conhecimengto da nossa história e cultura, reduzindo a História de Portugal nos currículos escolares a uma mera nota de rodapé. Foram eles que mataram o orgulho de ser Português. Não contra os outros povos, mas pelo facto de querermos ser melhores que os outros.

Foi com lágrimas que vi a mágoa presente no coração daqueles que amam o seu país e vêm a república a maltratar os nossos irmãos. a revolta com que falam do abandono de Portugal a Macau, a Goa, a Timor. Sentem-se abandonados.

Foi aplaudindo que vi o arquitecto Pedro Marreiros interpelado pela Fátima Campos Ferreira sobre estas razões de abandono em momento algum ele afirmou que a culpa era de Portugal, mas sim que a culpa era da REPÚBLICA.

E Assim se vai depaperando um país, largado aos caídos. com uma alma maior do que merece.

terça-feira, dezembro 13, 2005

O termo "pátria" está de regresso.

José Manuel Fernandes
(Editorial do "Público" - 10 de Dezembro de 2005)

Quantos portugueses sabem cantar o hino nacional? Quantos conhecem o significado dos símbolos da bandeira nacional? Quantos repararam que muitas das bandeiras que puseram às janelas durante o Euro 2004 estavam mal feitas, por terem sido confeccionadas na China?
Não devem ser muito entusiasmantes as respostas a estas perguntas. Depois da exploração reaccionária do patriotismo pelo anterior regime, em especial durante a guerra colonial, muitos portugueses, sobretudo os mais novos, passaram a desvalorizar os símbolos nacionais.
A senti-los como algo antiquado, até com algum cheiro a mofo.

A esquerda, que recordava a frase de Salazar "a pátria não se discute", eliminou mesmo o termo do seu léxico, enquanto alguma direita, atormentada pela má consciência, evitava referências que temia serem interpretadas como serôdias. A recuperação da palavra "pátria", e da ideia de patriotismo, nesta campanha eleitoral para a Presidência da República tem suscitado algumas controvérsias curiosas, sobretudo por se situarem em áreas políticas onde o tema tem sido tabu. Mas tem uma virtude: permite-nos olhar para a idéia de "pátria" de forma mais descomplexada. E, porventura, mais útil.

Numa época em que Portugal transferiu parte substancial da soberania - designadamente a sua política monetária - para a União Europeia, numa altura em que se discute o aprofundamento da integração e se procura ultrapassar o impasse constitucional, elogiar a noção tradicional de "pátria" pode parecer contraproducente. Contudo, há uma outra perspectiva, e visitando países como a Irlanda, a Polónia, ou os países nórdicos - tudo histórias de relativo sucesso no quadro da União - compreende-se que neles se vive um patriotismo que, sem ser contraditório com a integração europeia, funciona de forma muito positiva.
Lá não é necessário um campeonato de futebol para vermos bandeiras nas janelas ou nos pátios,existindo em contrapartida estudos que mostram que o sentimento patriótico é um factor positivo no desenvolvimento.
Um deles, que já aqui citei, é o do prestigiado sociólogo Manuel Castells e procura explicar as razões do sucesso do modelo finlandês. Nesses países, que tal como Portugal abdicaram por escolha própria de uma parte da sua soberania a favor da UE, o patriotismo é factor aglutinador que lhes permite unirem-se em torno de objectivos comuns. O patriotismo funciona tornando-os mais fortes no interior da União, não contra a União, e, de uma forma geral, também não tem conduzido a manifestações de intolerância xenófobas infelizmente comuns noutros países.

Olhando para a sua História, encontramos, relativamente a Portugal, uma enorme diferença: todos eles, de uma forma geral, sofreram para serem independentes. A Irlanda, a Finlândia ou a Polónia só no século XX se tornaram independentes. E a plena independência, uma independência não tutelada, só a conseguiram na segunda metade do século passado. Esses países e esses povos conheceram dias muito difíceis e sofridos e, para eles, o patriotismo tem um sentido positivo que têm sabido utilizar a seu favor (entre outros factores).
O que nos leva ao utro tema, a que voltaremos: a importância que tem, para uma nação, a sua capacidade de sofrer e ultrapassar o sofrimento.

TGV

A Ideia de Fazer um TGV entre Lisboa e Porto é Completamente absurda e estúpida.

Mas Provavelmente uma ideia como os nossos políticos.

Porquê?

Não traz nada de novo e se o Alfa Pendular tivesse uma linha em condições faria o percurso quase no mesmo tempo. Além disso custa mais do Dobro da Ligação a Madrid.

Pode parecer irreal mas é assim.

Um País pequeno como o nosso cheio de TGV's. É lindo. Completamente inútil mas lindo.

Só duas Linhas fazem sentido. Uma a prevista entre Lisboa e Madrid, que é perfeitamente normal, a outra Porto - Vigo - Madrid. esta Talvez dispensável mas também lógica. Agora a Lisboa Porto vai-se tornar num passeio para ricos, é completamente inútil.

O Que faria Mais sentido, e para mim que não sou técnico era:

Porto - Vigo - Madrid

Lisboa - Madrid

Faro - Sevilha

Depois com a solução mais económica, o alfa pendular, com condições, criavam-se vias estruturantes.

Por exemplo uma ligação Bragança - Porto - Coimbra - Lisboa - Ourique - Faro

e mais talvez uma Bragança - Guarda - Évora - Beja - Faro